Descobri
a pouco tempo que a família de Oliveira descende da tribo de Levi.
Não entro no mérito da perseguição aos antepassados levitas seja pelos muçulmanos ou pelos cristãos no período da inquisição. Com efeito, pergunto; haveria alguma ligação dessa ancestralidade para com os atuais religiosos dessa linhagem? Existe algum propósito em ser um descendente de Levi nos dias de hoje? Respondo, dizendo primeiramente que não; pois a nova aliança com Deus, com absoluta certeza veio através do Nosso Senhor Jesus Cristo para abraçar toda humanidade. Porém é possível uma herança de um legado de uma tribo de Israel, da antiga aliança na nova aliança? Possível é!
“A família Oliveira era classificada no estudo
genealógico-judaico como de comprovada origem judaica. Antes da inquisição a
família “de Oliveira” era conhecida na Espanha como “Benveniste”, que adquiriu
durante o domínio muçulmano, mas antes dos islamitas conquistarem a península
Ibérica ela era chamada de “ha-Levi” ou de “ha-Itshari”, por ter sido esse o
nome do fundador da mesma...”
“...Ocorreu de duas formas, primeiro eles aproveitaram o fato
de que na palavra oliveira, está implícito o fonema das letras latinas, cujos
sons representavam o som ou fonema do nome de sua família em hebraico Levy no
caso L-V-Y. E isso lhes passou a mente pelo fato de que nas línguas semíticas
como o hebraico, o aramaico, o árabe e o amarico da Etiópia, não se usarem
vogais na forma escrita dessas línguas e sim somente as consoantes. Foi devido
a esses mecanismos lingüísticos adotados pelos sefardim e anussim, que muitas
famílias judaicas conseguiram escapar dos ataques da Inquisição até pelo menos
conseguir fugir da Península Ibérica..”
“...A segunda razão pela qual os Benveniste ou Ha-Levy
adotaram o sobrenomes Olivares/Oliveira, era porque eles também perceberam que
como o óleo da santa unção usado par ungir os antigo levitas e sacerdotes
judeus, tinha como seu principal componente o azeite ou óleo da planta
oliveira, que era abundante na região de Oliva-Cavia. Isso reforçaria mais
ainda a origem judaica sacerdotal , mas disfarçada de seu sobrenome diante dos
demais judeus que estavam partindo para a diáspora sefardita , com o decreto de
expulsão de 1492...”
“...Após fugir da Espanha o Rabi Zerahiá ha-Levi de Gerona, e
estabeleceu no sul da sul da França, de onde seus descendentes, os que se
transferiram para a região central espanhola seguiram para Portugal dando
origem aos Oliveira de onde por sua vez surgiram os seguintes ramos todos
aparentados, além dos que mantiveram o sobrenome Benveniste: 'Oliveira,
Oliveyra, Olivares, Olivera, Oliver, Oliveros, Olivetti, Olivette...”
Novinsky, Anita. Prisioneiros Brasileiros na
Inquisição. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 2001.
SALVADOR, J. Gonçalves. Os cristãos-Novos em Minas Gerais durante o Ciclo do Ouro. São Paulo, Pioneira, 1992.
NOVINSKI Anita. Inquisição, Inventários de Bens Confiscados a Cristãos-Novos no Brasil – século XVIII. Lisboa: Imprensa Nacional/Casa da Moeda, 1978, pp.223-224.
Inquisição de Lisboa nº 6.515, Arquivo Nacional da Torre do Tombo, manuscrito. Veja BROMBERG, Raquel Mizrahi. A Inquisição no Brasil: Um capitão–mór judaisante. São Paulo: Ed. Centro Estudos Judaicos, USP ,1984.
Sobre Manoel Nunes Viana, veja "o Processo de Miguel de Mendonça Valladolid, Inquisição de Lisboa 9.973". Lisboa, Arquivo Nacional da Torre do Tombo, manuscrito e Manuscritos não catalogados "caixa 676, século XVIII, anos 1703 –1710, 29 janeiro 1710 e caixa 83, ano 1719. Lisboa, Arquivo Histórico e Ultramarino, manuscritos.
Origem do sobrenome Oliveira. Disponível em: { https://www.myheritage.com.br/site-130182741/site-da-familia-oliveira# }. Acesso em: 19/07/2019.
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