𝐹𝑖𝑙𝑜𝑠𝑜𝑓𝑖𝑎, 𝑇𝑒𝑜𝑙𝑜𝑔𝑖𝑎 𝑒 𝐶𝑢𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑒𝑚 𝐺𝑒𝑟𝑎𝑙!

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

DIFICULDADES NOS CAMINHOS DA FÉ – CONFISSÃO



A Igreja Católica é um colosso de dois mil anos, e o que chamamos de Sagrada Tradição, permitiu que todos os conhecimentos necessários revelados por Deus fossem passados de geração em geração até os tempos atuais. Até que a Sagrada Escritura – antigo e novo testamento - fosse organizada, em conjunção com o Sagrado Magistério – maneira correta de aprender e transmitir os conhecimentos -  tudo era simplesmente vivido.
            Ressalto a Sagrada Tradição porque no atual momento, onde vivemos uma crise do sacerdócio, precisamos voltar um pouco às origens, deixarmos de ser egoístas e começarmos a atuar objetivamente contra o projeto de desconstrução da fé em que nossos filhos estão submetidos. Por exemplo, hoje se você abordasse jovens católicos (não todos), e questioná-los sobre a importância da confissão, o que você acha que eles te diriam? Claro que a linha de raciocínio não é uma lei universal, mas pelo que se percebe, a maioria não está muito preocupada em se valer deste Sacramento para comungar.
            Lembro-me dos mais velhos como um bom exemplo para essa situação em específico. Se observarmo-os dentro de nossas comunidades, perceberemos que alguns simplesmente não comungam todas as missas, o que para eles é por um motivo óbvio de que não podem o fazer sem a confissão dos pecados mortais. Em contrapartida, mesmo bons padres (não todos) mesmo aqueles que não são compromissados com a Teologia da Libertação – que são claramente inimigos da Igreja - em suas homilias já estimulam as pessoas a comungar sem a necessidade de fazer a confissão. Uma fonte de desânimo para confissão dos mais esclarecidos para sua importância, sem dúvida é o de saber que determinado sacerdote é adepto do marxismo. Com efeito, não deixe de procurá-lo, porque por mais cético que ele seja, recebeu a unção em suas mãos, e a absorvição dada por ele é válida. Entretanto, se você tem vergonha de confessar com o padre da sua comunidade, confesse-se em uma comunidade vizinha.
            Posso dar como exemplo a minha geração – anos 80 - mesmo aqueles que fizeram como eu a Primeira Eucaristia e Crisma, saíram com uma visão completamente relativista das coisas. Lembro-me de que, por algumas vezes debatíamos entre nós sobre a desnecessidade de confessar nossos pecados a um padre, afinal, para nós na época, ele não passava de um mero homem pecador como nós. Como consequência, muitos adotaram posturas morais completamente contrárias à ética cristã, ou simplesmente debandaram para outras agremiações religiosas em busca de algum sentido para suas vidas. Este simples exemplo prova que algo de muito grave ocorreu com o nosso catecismo, e que concomitante a isso, nossos pais, também não foram capazes de detectar esses problemas.
            Graças a muitas noites escuras – tribulações – e pessoas abençoadas, verdadeiros católicos que Deus sempre nos agraciou aqui nessa terra; muitos destes citados anteriormente puderam ter acesso à verdade, e poderem com isso construir uma fé sólida. Então meus queridos, sabendo disso de antemão, não podemos negligenciar a real situação, temos como obrigação, impedir essa corrente de relativização, mas como? Respondo, dizendo, estudando muito, e em fontes primárias de informação, no caso em específico, busque no mínimo as orientações descritas no Catecismo da Igreja Católica. Outra forma é ocupando espaços dentro de suas comunidades, saindo de sua zona de conforto, participe de alguma pastoral, e certifique-se de que tudo está em conformidade com o que prega a Igreja de Roma.
            Usando o exemplo citado neste documento, lembre-se de que não é permitido a nenhum católico em pecado mortal – o que fere algum dos dez mandamentos – comungar sem a prévia confissão frente a um padre. Lembre-se que o Sacramento da Ordem foi dada ao sacerdote, e ele apesar de ser pecador como nós, é a ponte de ligação entre nós e Deus, cumprindo portanto, fielmente o que a Igreja nos orienta. O sacramento católico é um ato ritual destinado aos fiéis, para eles receberem a graça de Deus, e situações da vida cristã. Eles foram instituídos por Jesus Cristo como sinais sensíveis e eficazes da graça mediante os quais nos é concedida a vida divina, ou a salvação e foram confiados à Igreja. Através destes sinais ou gestos divinos, Cristo age e comunica a graça, independentemente da santidade pessoal do ministro, embora os frutos dos sacramentos dependam também das disposições de quem os recebe.


"1457. Segundo o mandamento da Igreja, «todo o fiel que tenha atingido a idade da discrição, está obrigado a confessar fielmente os pecados graves, ao menos uma vez ao ano» (50). Aquele que tem consciência de haver cometido um pecado mortal, não deve receber a sagrada Comunhão, mesmo que tenha uma grande contrição, sem ter previamente recebido a absolvição sacramental (51); a não ser que tenha um motivo grave para comungar e não lhe seja possível encontrar-se com um confessor (52). As crianças devem aceder ao sacramento da Penitência antes de receberem pela primeira vez a Sagrada Comunhão (53)".”Catecismo da Igreja Católica”.
           
“Portanto, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpável do corpo e do sangue do Senhor. Que cada um se examine a si mesmo, e assim coma desse pão e beba desse cálice. Aquele que o come e o bebe sem distinguir o corpo do Senhor, come e bebe a sua própria condenação.” (I Cor 11, 27-30)

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA. 3ª. ed. Petrópolis: Vozes; São Paulo: Paulinas, Loyola, Ave-Maria, 1993. 






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