A primeira pergunta a ser feita é a seguinte: ter inclinação para a homossexualidade é pecado? A resposta literal para a pergunta de acordo com a doutrina católica é que não! O que configura como pecado grave é a prática. Vejam
bem, proponho-me a abordar o tema a priori, voltado principalmente aos mais
jovens, pois são sem dúvida vítimas da ditadura do relativismo que impera no
ocidente há algumas décadas. A ideologia
de gênero, surgida na enfadonha marxista Escola de Frankfurt, estimulada pela
grande mídia em geral, escolas, universidades e por último na política, vem
distorcendo os conceitos da família tradicional com o intuito de ferir de morte
toda cultura do ocidente. Podemos dizer que de certa forma lograram bastante
êxito, e podemos observar na sociedade, inúmeros jovens que foram estimulados ao
caminho homo afetivo, e pior, muitos, além disso, tornaram-se contumazes
defensores da ideologia que destruiu a eles próprios, e isso é imperdoável.
Se fizermos um trabalho
de observação empírica, seria difícil distinguir aqueles que independentemente de
influência voltaram-se para a prática estudada; não podemos desconsiderar
também que, o homossexualismo sempre existiu, todavia, de Frankfurt para cá;
tornou-se uma estratégia para desconstrução do que eles chamam de “sociedade
patriarcal”. Independentemente disso, nós leigos católicos temos por obrigação dar a
devida orientação para os que sofrem com esse conflito em especial,
principalmente aqueles que de certa forma, participam da vida em comunidade, ou
seja, como paroquianos, seja no ministério da música, catecismo, crisma,
liturgia, etc. etc. -. Com efeito, que fique bem claro que, não se trata de
tentativa de cerceamento da participação dessas pessoas na rotina da Igreja,
mas sim, alerta-las para a verdade; tirando a venda da relativização de seus
olhos, para que em sã consciência do que Cristo nos deixou com seus
ensinamentos, possam escolher segui-lo ou não.
Considero o tema de
importante relevância, porque estudando a Teologia da Libertação como um todo -
que nada mais faz do que esvaziar a fé das pessoas -; percebemos que, dentro
dos mecanismos de politização da fé, eles tentam insistentemente inserir a
questão da aceitação das chamadas “minorias” na Igreja, tentando alicerçar nesse caso, seus argumentos sob a fala do Papa Francisco. Em um voo do Rio de Janeiro de volta a
Roma o Papa disse o seguinte: "Se uma pessoa é gay e procura Jesus, e tem
boa vontade, quem sou eu para julgá-la? O Catecismo diz que não se devem
marginalizar essas pessoas por isso. Elas devem ser integradas à sociedade. O
problema não é ter esta tendência. Devemos ser irmãos.” Com efeito, em momento
algum o Papa orienta que essas pessoas possam continuar com a prática homo afetiva e participar na Igreja. Sua fala enfatiza o que já somos orientados a fazer há séculos; que não devemos desprezar essas pessoas por possuírem tal tendência, ou
excluí-las; mas sim tratá-las com o devido respeito e apresentar-lhes Jesus; para que possam ter ciência do que a Igreja orienta sobre o seu caso em
específico. Em sequência, superando as dificuldades, essas pessoas podem e devem participar ativamente na vida da Igreja.
O que se vê na prática
hoje? Bem, acontece que recebemos o testemunho de muitos paroquianos, que relatam, por exemplo, que casais homossexuais assumidos estão liderando cargos
de coordenadores, catequistas, dentre outros em suas comunidades, sempre amparados claro,
por um padre adepto da Teologia da Libertação. Muito bem, a Igreja não
interfere no livre arbítrio de ninguém, contudo, para participar d'Ela, é
necessário estar regular com o que preconiza a Santa Sé.
Não é permitido que casais de segunda união, ou casados – mesmo heterossexuais –
somente no cartório, ou casais homo afetivos participem de nenhuma atividade
pastoral da Igreja como ditigentes. Vejam bem, é permitida a participação nas missas - menos receber a comunhão -, o livre
trânsito, e etc. Padres que porventura estiverem estimulando essas situações estão errados, e podem ser denunciados em suas respectivas dioceses e sofrerem as devidas punições. Aceitar tais posturas erradas nada mais faz que rebaixar Deus às nossas misérias; contudo o plano de Deus é exatamente o contrário, ou seja, o de nos elevar até ele. Lembremos que Jesus experimentou de tudo nesse mundo, menos do pecado.
Voltando a pergunta inicial do texto, devemos racionalizar da seguinte forma; sendo vítima ou não
do sistema de engenharia social para destruição das famílias, o indivíduo com
tendências homossexuais é convidado a viver uma vida celibatária; não necessariamente como um sacerdote, mas entender que, caso queira seguir a Jesus, ele precisa fazer esse
sacrifício; fazendo-o, pode com toda certeza participar de quaisquer que sejam
as atividades que pretenda pleitear na Igreja. Seria fácil? Não faço a mínima
idéia, o que imagino é que não, porque, como é difícil superar quaisquer
pecados como masturbação, adultério, etc. etc. -. Também deve ser uma dura
missão para esses indivíduos; mas basta observarmos a vida dos santos que
perceberemos que nenhum deles teve vida boa aqui nessa terra; então, cada um
deve, seja lá qual for sua dificuldade, carrega-la com coragem, assim como
Jesus carregou a d’Ele por todos nós. Não
podemos viver nesta terra achando que viveremos nela para sempre; lembremos que
depois desta vida, vem o julgamento, e Deus é justo em tudo que faz; os
ensinamentos estão aí, basta a nós fazermos a nossa parte para podermos estar
jundo d’Ele no final dos tempos.
Concluo, dizendo o
seguinte, a prática do homossexualismo é tão grave quanto o da masturbação,
adultério e etc. Não se pode esquecer sobre isso, afinal, a relativização da fé
abrange muitas situações diferentes, e devemos todos estar bem atentos as
nossas ações, para que não sejamos hipócritas com os irmãos acometidos dessa
inclinação. Se praticarmos qualquer outro pecado tão grave quanto o que eles
porventura estejam cometendo, o peso das mãos de Deus será enorme sobre nós também.
Estejamos todos confiantes nos ensinamentos de Deus, crentes na volta de Jesus,
e esperançosos que nossos esforços ao fim nos levarão até Ele. Não podemos
permitir que nenhum ensinamento que desvia do que Cristo ensinou possa desviar um fiel. Deus dá o livre arbítrio para isso, segue a Cristo quem quiser, quem
não quiser vida que segue. Como disse Papa Bento XVI: "Nenhuma ideologia é capaz de mudar a estrutura da realidade". Enfim não existe uma ideologia heterossexual, existe uma realidade heterossexual, e a vida só pode vir da união de um homem com uma mulher; qualquer fim fora deste, está na contramão do que Deus planejou. Lembrem-se, assim como a realidade dos olhos é o de enxergar, dos ouvidos de ouvir, do estômago o de digerir e etc., Por fim a realidade do sexo é o de reproduzir; daí a importância do Sacramento do Matrimônio. Como diz o Padre Paulo Ricardo: "Você pode protestar até contra a lei da gravidade, mas as coisas continuarão a cair no chão".
“2357. A homossexualidade designa as relações entre
homens ou mulheres, que experimentam uma atracção sexual exclusiva ou predominante
para pessoas do mesmo sexo. Tem-se revestido de formas muito variadas, através
dos séculos e das culturas. A sua génese psíquica continua em grande parte por
explicar. Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações
graves (103) a Tradição sempre declarou que «os actos de homossexualidade são
intrinsecamente desordenados» (104). São contrários à lei natural, fecham o
acto sexual ao dom da vida, não procedem duma verdadeira complementaridade
afectiva sexual, não podem, em caso algum, ser aprovados.”
“Catecismo da Igreja Católica”.
“2358. Um número considerável de homens e de mulheres
apresenta tendências homossexuais profundamente radicadas. Esta propensão,
objectivamente desordenada, constitui, para a maior parte deles, uma provação.
Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á, em
relação a eles, qualquer sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são
chamadas a realizar na sua vida a vontade de Deus e, se forem cristãs, a unir
ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar devido à
sua condição.” “Catecismo da Igreja Católica”.
“2359. As pessoas homossexuais são chamadas à
castidade. Pelas virtudes do autodomínio, educadoras da liberdade interior, e,
às vezes, pelo apoio duma amizade desinteressada, pela oração e pela graça
sacramental, podem e devem aproximar-se, gradual e resolutamente, da perfeição
cristã.”
“Catecismo da Igreja Católica”.
“2396. Entre os pecados gravemente contrários
à castidade, devem citar-se: a masturbação, a fornicação, a pornografia e as
práticas homossexuais.” “Catecismo da
Igreja Católica”.
“porque, tendo
conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças, mas os
seus pensamentos tornaram-se fúteis e o coração insensato deles obscureceu-se.
Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos e trocaram a glória do Deus imortal por
imagens feitas segundo a semelhança do homem mortal, bem como de pássaros,
quadrúpedes e répteis. Por isso Deus os entregou à impureza sexual, segundo os
desejos pecaminosos do seu coração, para a degradação do seu corpo entre si.
Trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram a coisas e seres
criados, em lugar do Criador, que é bendito para sempre. Amém. Por causa disso
Deus os entregou a paixões vergonhosas. Até suas mulheres trocaram suas
relações sexuais naturais por outras, contrárias à natureza. Da mesma forma, os
homens também abandonaram as relações naturais com as mulheres e se inflamaram
de paixão uns pelos outros. Começaram a cometer atos indecentes, homens com
homens, e receberam em si mesmos o castigo merecido pela sua perversão.”
Romanos
1:21-27
A
respeito das coisas que vocês me escreveram, é bom que o homem não se case. 2 Mas em vista da imoralidade sexual, cada homem
deve ter a sua própria esposa, e cada mulher o seu próprio marido. 3 O homem deve cumprir as suas obrigações de marido
para com a sua esposa, assim como a mulher deve cumprir as suas obrigações de
esposa para com o marido. 4 A esposa não é dona do seu próprio corpo, pois
ele pertence ao seu marido. Da mesma maneira, o marido não é dono do seu
próprio corpo, pois ele pertence à sua esposa. 5 Não se recusem a dar os seus corpos um ao outro,
a não ser que concordem em fazer isso por algum tempo, para se dedicarem à
oração. Mas depois devem ter relações normais, para que Satanás não os tente
devido à falta de domínio próprio. 6 Digo isto a vocês como uma permissão e não como
uma ordem. 7 Gostaria que todas as pessoas fossem como eu, mas
cada pessoa tem a capacidade que Deus lhe deu. Uma vive de um modo e outra, de
outro.
I
Coríntios 7-7
CATECISMO
DA IGREJA CATÓLICA. 3ª. ed. Petrópolis: Vozes; São Paulo: Paulinas,
Loyola, Ave-Maria, 1993.
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