𝐹𝑖𝑙𝑜𝑠𝑜𝑓𝑖𝑎, 𝑇𝑒𝑜𝑙𝑜𝑔𝑖𝑎 𝑒 𝐶𝑢𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑒𝑚 𝐺𝑒𝑟𝑎𝑙!

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

DIFICULDADES NOS CAMINHOS DA FÉ – QUAL A COSMOVISÃO DA IGREJA CATÓLICA SOBRE A HOMOSSEXUALIDADE?


A primeira pergunta a ser feita é a seguinte: ter inclinação para a homossexualidade é pecado? A resposta literal para a pergunta de acordo com a doutrina católica é que não! O que configura como pecado grave é a prática. Vejam bem, proponho-me a abordar o tema a priori, voltado principalmente aos mais jovens, pois são sem dúvida vítimas da ditadura do relativismo que impera no ocidente há algumas décadas.  A ideologia de gênero, surgida na enfadonha marxista Escola de Frankfurt, estimulada pela grande mídia em geral, escolas, universidades e por último na política, vem distorcendo os conceitos da família tradicional com o intuito de ferir de morte toda cultura do ocidente. Podemos dizer que de certa forma lograram bastante êxito, e podemos observar na sociedade,  inúmeros jovens que foram estimulados ao caminho homo afetivo, e pior, muitos, além disso, tornaram-se contumazes defensores da ideologia que destruiu a eles próprios, e isso é imperdoável.
            Se fizermos um trabalho de observação empírica, seria difícil distinguir aqueles que independentemente de influência voltaram-se para a prática estudada; não podemos desconsiderar também que, o homossexualismo sempre existiu, todavia, de Frankfurt para cá; tornou-se uma estratégia para desconstrução do que eles chamam de “sociedade patriarcal”. Independentemente disso, nós leigos católicos temos por obrigação dar a devida orientação para os que sofrem com esse conflito em especial, principalmente aqueles que de certa forma, participam da vida em comunidade, ou seja, como paroquianos, seja no ministério da música, catecismo, crisma, liturgia, etc. etc. -. Com efeito, que fique bem claro que, não se trata de tentativa de cerceamento da participação dessas pessoas na rotina da Igreja, mas sim, alerta-las para a verdade; tirando a venda da relativização de seus olhos, para que em sã consciência do que Cristo nos deixou com seus ensinamentos, possam escolher segui-lo ou não.
            Considero o tema de importante relevância, porque estudando a Teologia da Libertação como um todo - que nada mais faz do que esvaziar a fé das pessoas -; percebemos que, dentro dos mecanismos de politização da fé, eles tentam insistentemente inserir a questão da aceitação das chamadas “minorias” na Igreja, tentando alicerçar nesse caso, seus argumentos sob a fala do Papa Francisco. Em um voo do Rio de Janeiro de volta a Roma o Papa disse o seguinte: "Se uma pessoa é gay e procura Jesus, e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-la? O Catecismo diz que não se devem marginalizar essas pessoas por isso. Elas devem ser integradas à sociedade. O problema não é ter esta tendência. Devemos ser irmãos.” Com efeito, em momento algum o Papa orienta que essas pessoas possam continuar com a prática homo afetiva e participar na Igreja. Sua fala enfatiza o que já somos orientados a fazer há séculos; que não devemos desprezar essas pessoas por possuírem tal tendência, ou excluí-las; mas sim tratá-las com o devido respeito e apresentar-lhes Jesus; para que possam ter ciência do que a Igreja orienta sobre o seu caso em específico. Em sequência, superando as dificuldades, essas pessoas podem e devem participar ativamente na vida da  Igreja.  
            O que se vê na prática hoje? Bem, acontece que recebemos o testemunho de muitos paroquianos, que relatam, por exemplo, que casais homossexuais assumidos estão liderando cargos de coordenadores, catequistas, dentre outros em suas comunidades, sempre amparados claro, por um padre adepto da Teologia da Libertação. Muito bem, a Igreja não interfere no livre arbítrio de ninguém, contudo, para participar d'Ela, é necessário estar regular com o que preconiza a Santa Sé. Não é permitido que casais de segunda união, ou casados – mesmo heterossexuais – somente no cartório, ou casais homo afetivos participem de nenhuma atividade pastoral da Igreja como ditigentes. Vejam bem, é permitida a participação nas missas - menos receber a comunhão -, o livre trânsito, e etc. Padres que porventura estiverem estimulando essas situações estão errados, e podem ser denunciados em suas respectivas dioceses e sofrerem as devidas punições. Aceitar tais posturas erradas nada mais faz que rebaixar Deus às nossas misérias; contudo o plano de Deus é exatamente o contrário, ou seja, o de nos elevar até ele. Lembremos que Jesus experimentou de tudo nesse mundo, menos do pecado.
            Voltando a pergunta inicial do texto, devemos racionalizar da seguinte forma; sendo vítima ou não do sistema de engenharia social para destruição das famílias, o indivíduo com tendências homossexuais é convidado a viver uma vida celibatária; não necessariamente como um sacerdote, mas entender que, caso queira seguir a Jesus, ele precisa fazer esse sacrifício; fazendo-o, pode com toda certeza participar de quaisquer que sejam as atividades que pretenda pleitear na Igreja. Seria fácil? Não faço a mínima idéia, o que imagino é que não, porque, como é difícil superar quaisquer pecados como masturbação, adultério, etc. etc. -. Também deve ser uma dura missão para esses indivíduos; mas basta observarmos a vida dos santos que perceberemos que nenhum deles teve vida boa aqui nessa terra; então, cada um deve, seja lá qual for sua dificuldade, carrega-la com coragem, assim como Jesus carregou a d’Ele por todos nós.  Não podemos viver nesta terra achando que viveremos nela para sempre; lembremos que depois desta vida, vem o julgamento, e Deus é justo em tudo que faz; os ensinamentos estão aí, basta a nós fazermos a nossa parte para podermos estar jundo d’Ele no final dos tempos.
            Concluo, dizendo o seguinte, a prática do homossexualismo é tão grave quanto o da masturbação, adultério e etc. Não se pode esquecer sobre isso, afinal, a relativização da fé abrange muitas situações diferentes, e devemos todos estar bem atentos as nossas ações, para que não sejamos hipócritas com os irmãos acometidos dessa inclinação. Se praticarmos qualquer outro pecado tão grave quanto o que eles porventura estejam cometendo, o peso das mãos de Deus será enorme sobre nós também. Estejamos todos confiantes nos ensinamentos de Deus, crentes na volta de Jesus, e esperançosos que nossos esforços ao fim nos levarão até Ele. Não podemos permitir que nenhum ensinamento que desvia do que Cristo ensinou possa desviar um fiel.  Deus dá o livre arbítrio para isso, segue a Cristo quem quiser, quem não quiser vida que segue. Como disse Papa Bento XVI: "Nenhuma ideologia é capaz de mudar a estrutura da realidade". Enfim não existe uma ideologia heterossexual, existe uma realidade heterossexual, e a vida só pode vir da união de um homem com uma mulher; qualquer fim fora deste, está na contramão do que Deus planejou. Lembrem-se, assim como a realidade dos olhos é o de enxergar, dos ouvidos de ouvir, do estômago o de digerir e etc., Por fim a realidade do sexo é o de reproduzir; daí a importância do Sacramento do Matrimônio. Como diz o Padre Paulo Ricardo: "Você pode protestar até contra a lei da gravidade, mas as coisas continuarão a cair no chão".

“2357. A homossexualidade designa as relações entre homens ou mulheres, que experimentam uma atracção sexual exclusiva ou predominante para pessoas do mesmo sexo. Tem-se revestido de formas muito variadas, através dos séculos e das culturas. A sua génese psíquica continua em grande parte por explicar. Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves (103) a Tradição sempre declarou que «os actos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados» (104). São contrários à lei natural, fecham o acto sexual ao dom da vida, não procedem duma verdadeira complementaridade afectiva sexual, não podem, em caso algum, ser aprovados.” “Catecismo da Igreja Católica”.

“2358. Um número considerável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais profundamente radicadas. Esta propensão, objectivamente desordenada, constitui, para a maior parte deles, uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á, em relação a eles, qualquer sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar na sua vida a vontade de Deus e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar devido à sua condição.” “Catecismo da Igreja Católica”.

“2359. As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes do autodomínio, educadoras da liberdade interior, e, às vezes, pelo apoio duma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem aproximar-se, gradual e resolutamente, da perfeição cristã.” “Catecismo da Igreja Católica”.

“2396. Entre os pecados gravemente contrários à castidade, devem citar-se: a masturbação, a fornicação, a pornografia e as práticas homossexuais.” “Catecismo da Igreja Católica”.
“porque, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças, mas os seus pensamentos tornaram-se fúteis e o coração insensato deles obscureceu-se. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos e trocaram a glória do Deus imortal por imagens feitas segundo a semelhança do homem mortal, bem como de pássaros, quadrúpedes e répteis. Por isso Deus os entregou à impureza sexual, segundo os desejos pecaminosos do seu coração, para a degradação do seu corpo entre si. Trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram a coisas e seres criados, em lugar do Criador, que é bendito para sempre. Amém. Por causa disso Deus os entregou a paixões vergonhosas. Até suas mulheres trocaram suas relações sexuais naturais por outras, contrárias à natureza. Da mesma forma, os homens também abandonaram as relações naturais com as mulheres e se inflamaram de paixão uns pelos outros. Começaram a cometer atos indecentes, homens com homens, e receberam em si mesmos o castigo merecido pela sua perversão.”
Romanos 1:21-27
A respeito das coisas que vocês me escreveram, é bom que o homem não se case. Mas em vista da imoralidade sexual, cada homem deve ter a sua própria esposa, e cada mulher o seu próprio marido. O homem deve cumprir as suas obrigações de marido para com a sua esposa, assim como a mulher deve cumprir as suas obrigações de esposa para com o marido. A esposa não é dona do seu próprio corpo, pois ele pertence ao seu marido. Da mesma maneira, o marido não é dono do seu próprio corpo, pois ele pertence à sua esposa. Não se recusem a dar os seus corpos um ao outro, a não ser que concordem em fazer isso por algum tempo, para se dedicarem à oração. Mas depois devem ter relações normais, para que Satanás não os tente devido à falta de domínio próprio. Digo isto a vocês como uma permissão e não como uma ordem. Gostaria que todas as pessoas fossem como eu, mas cada pessoa tem a capacidade que Deus lhe deu. Uma vive de um modo e outra, de outro.

I Coríntios 7-7

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA. 3ª. ed. Petrópolis: Vozes; São Paulo: Paulinas, Loyola, Ave-Maria, 1993. 






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