𝐹𝑖𝑙𝑜𝑠𝑜𝑓𝑖𝑎, 𝑇𝑒𝑜𝑙𝑜𝑔𝑖𝑎 𝑒 𝐶𝑢𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑒𝑚 𝐺𝑒𝑟𝑎𝑙!

segunda-feira, 16 de julho de 2018

A CRISE NO SACERDÓCIO


ANÁLISE DE UM SIMPLES LEIGO CATÓLICO


Não é mistério para ninguém que me acompanha, que sou um combatedor do marxismo em quaisquer esferas que ele atinja. Com efeito, quando entramos no marxismo dentro da Igreja Católica fico extremamente perturbado e diria até enfurecido. A teologia da libertação, que é o braço marxista dentro da Igreja, se alastrou como um vírus. Missa após missa; podemos ver o evangelho de Cristo ser transmitido de forma imanente; ou seja, o lado divino de Jesus, está sendo varrido de lado, e em seu lugar fica apenas um Jesus político, que promete um “Reino” (que obviamente não é o Reino dos Céus) aqui neste plano; tudo em nome dele, usando como ponta de lança a caridade. Claro que os sacerdotes que praticam isso não confessam abertamente; é preciso estar alerta.
            O Concílio do Vaticano II foi o grande divisor de águas para instauração do problema; todavia, se podemos tirar algo de positivo, é a atuação da comunidade leiga nos assuntos da Igreja. Não descrevo absolutamente nada neste artigo com o intuito de atingir “x” ou “y” pessoas; minha preocupação é com o sistema vigente na Igreja, com raríssimas exceções é claro. Não é possível cruzar os braços e assistir inerte a tudo que está ocorrendo de errado dentro da instituição Igreja.
            Ressalto também que eu não seria maluco de expor o problema sem que tivesse absoluta certeza do que digo; para o feito, li e leio a mais de seis anos diferentes bibliografias que retratam de forma clara como a teologia da libertação adentrou na Igreja, e como através dela, foi feita uma nova leitura das escrituras; retirando o transcendente e inserindo o imanente. Alguns livros: Deus onde estás?  de Carlos Mesters. Esse autor, por exemplo, pega todo o antigo testamento e retira os eventos sobrenaturais, tentando explicá-los de forma científica. Moisés no livro, não abre o mar vermelho por exemplo, foi apenas um “evento natural” que fez com que os mares abaixassem seu nível, possibilitando a passagem do povo Hebreu. E assim por diante o livro vai esvaziando o divino das escrituras. Tudo aquilo que por tradição recebemos, é colocado como acréscimo da comunidade primitiva; o que não dá para aceitar.
            A Religião nos Limites da Simples Razão, de Immanuel Kant; dentre outros livros, promovem a mesma desconstrução. Conheço muitos exegetas que trabalham o evangelho de forma que varrem os grandes milagres e colocam no lugar deles apenas referências de comportamentos a serem seguidos. Exemplo, para eles, não houve a multiplicação dos pães no deserto por Jesus; o que ocorreu na verdade foi uma grande partilha. Ora bolas, é um absurdo completo; claro que o milagre ocorreu, Jesus tem as duas naturezas, ele é 100% Deus e 100% homem. Não é possível separar as naturezas de Jesus Cristo, entendam isso. Claro que podemos através da Doutrina Social da Igreja praticar a caridade, usando o evangelho como inspiração; praticar a partilha valendo-nos da passagem bíblica; mas não podemos varrer o evento histórico sobrenatural que ocorreu naquele dia.
            É muito simples refutar o argumento de que tudo que nos foi passado de geração em geração pela tradição com relação aos milagres foi acréscimo da comunidade primitiva; basta ver a vida dos grandes santos. Nesse momento aparecem os teólogos da corte e argumentam que não há provas, que a Igreja medieval aumentou (para não dizer que inventou) os acontecimentos. O fantástico, é que em meio a uma enorme crise  no sacerdócio, Deus nos manda em pleno século XX,  São Padre Pio de Pietrelcina; o único Santo Padre estigmatizado da história da Igreja. Deus usando Padre Pio, realizou centenas e mais centenas de milagres surpreendentes, tudo devidamente registrado e reconhecido pela Igreja de Roma. Então, não me venha com essa conversa de acréscimo da comunidade primitiva; se ocorreu com São Pio, por que não com os grandes Santos da Igreja medieval?
            Meu amigo ou amiga, fique atento as celebrações; os teólogos da libertação estão aos montes por aí. Percebo que muitos foram educados dentro dessa ideologia e nem percebem do que se trata; outros sabem exatamente o que estão fazendo. O objetivo é claro: acabar com a sua fé! É quase unânime: bispos da CNBB (não todos espero), padres de paróquia com raríssimas exceções e também militantes de partidos políticos dentro da comunidade leiga da Igreja, hegemonicamente de esquerda.
            Outro dia em uma rede social vi um padre que já passou por minha comunidade tirando foto todo orgulhoso ao lado do Leonardo Boff em um seminário; o que é um absurdo. Ele e frei Beto foram alguns dos precursores da Teologia da Libertação na América Latina. No período do papado de São João Paulo II, esse mesmo Leonardo Boff foi excomungado, por querer implantar o marxismo dentro da Igreja; ora bolas, não dá pra se calar. Meus queridos fiquem atentos as homilias, se você perceber que o padre da sua comunidade após a leitura da sagrada escritura, faz um discurso completamente voltado para o humano, pode ter certeza que ele não está interessado com sua salvação.
            Provavelmente quem for de esquerda ou adepto a Teologia da Libertação, irá me chamar de fanático, fariseu, fundamentalista religioso, teórico da conspiração, baderneiro, provocador e etc. Queria dizer que eu não ligo. Sei que a maioria esmagadora das pessoas são conservadoras; e não aceitam ter sua fé ceifada de forma tão cruel. Lembremo-nos do tripé: Sagrada Escritura, Sagrado Magistério e Sagrada Tradição. Dentro deste contexto, nós leigos não deixaremos nossa fé morrer; não permitiremos que a Igreja fundada pelo próprio Deus seja feita de camarote político para quem quer que seja.
            Falam insistentemente em caridade, porém até o inimigo faz caridade; basta ver a maçonaria, instituição satanista que “ajuda” muito os pobres por exemplo. O sentido das coisas não está nelas mesmas, mas fora delas; o sentido da caridade não está nela mesma, mas fora dela, ou seja, em Deus. A doutrina social da Igreja nos ensina tudo que precisamos sobre a caridade, vivida com amor a Deus.
               Concluo, dizendo, o sentido da vida não está nela, mas fora dela, na eternidade. A Igreja já passou por muitas crises, esta é apenas mais uma; e as famílias, seguindo a Sagrada Tradição, auxiliadas por Padres sérios (sei que ainda existem muitos bons por aí) não deixarão que a chama da fé se apague. Continue, insista; reze seu terço, ajude os pobres e as necessidades da Igreja. Com efeito, você que é uma liderança na comunidade, precisa estudar, se informar, usando fontes primárias de informação, caso contrário continuará sendo enganado.
                Você pode procurar os seminários do Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior; os livros do professor Olavo de Carvalho e Carlos Nougué. Quanto a mídias sociais pode procurar por Bernardo Kuster dentre outros. Se você constatar na sua comunidade que o sacerdote está na contramão do catecismo da Igreja; lembre-se, apesar de tudo, ele tem as mãos consagradas. Obedeça naquilo que estiver em comunhão com a Doutrina da Igreja de Roma; e claro, desobedeça tudo aquilo que estiver na contramão da Doutrina da Igreja de Roma. E assim esperamos um dia quem sabe, que esse cenário de certa forma mude, e que a maioria dos sacerdotes deixem sua rebeldia e más intenções de lado e voltem a trabalhar em prol da salvação das almas; que voltem a ser nossos pastores. No entanto, até lá, nosso compromisso é com a verdade, com as famílias, com a fé, com os pobres, com a Igreja de Roma e com os desinformados. São Padre Pio de Pietrelcina, Rogai por nós!
           

Kant, Immanuel. A Religião nos Limites da Simples Razão. 70 Textos filosóficos.

Mesters, Carlos. Deus, onde estás?: introdução prática à Bíblia / Carlos Mersters. 16. Ed. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.  

Vitório, Jaldemir. Dia a dia nos passos de Jesus – ano B: ser discípulo no diálogo com o mestre. São Paulo: Paulinas, 2011.  






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