Uma das estratégias da Escola de Frankfurt é
o de implodir a Igreja Católica de dentro para fora. Os motivos para tal já
foram debatidos de forma exaustiva em outros artigos; mas resumindo a missa, o
intuito é destruir um dos tripés da cultura ocidental que é a Ética Judaico-cristã.
De certa forma, em se tratando da instituição Igreja Católica, com a implantação
da Teologia da Libertação lograram êxito, ora retirando a fé das pessoas, outrora recrutando uma boa parcela de fiéis para o
pensamento imanente, ou seja, pessoas trabalhando dentro da Igreja Católica
promovendo a politização do evangelho.
Com
efeito, os intelectuais esquerdistas da Escola de Frankfurt não contavam com
uma terceira possibilidade que acabou ocorrendo; o da migração de milhares de
“católicos” para a fé protestante. Claro que, teologicamente a reforma protestante
foi uma tragédia no cenário dogmático. Sabemos de antemão que a Igreja Católica
Apostólica Romana foi deixada pelo próprio Cristo, e que apesar da instituição
ter passado por inúmeras crises, sejam elas quais forem, ela se manteve firme
no que Jesus deixou através do evangelho, da tradição e do magistério, e foi e é tão
importante que se tornou um dos tripés de toda cultura do ocidente.
“O número de evangélicos no Brasil aumentou 61,45% em 10 anos,
segundo dados do Censo Demográfico divulgado nesta sexta-feira (29) pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2000, cerca de 26,2
milhões se disseram evangélicos, ou 15,4% da população. Em 2010, eles passaram
a ser 42,3 milhões, ou 22,2% dos brasileiros. Em 1991, o percentual de evangélicos
era de 9% e, em 1980, de 6,6%.
Mesmo
com o crescimento de evangélicos, o país ainda segue com maioria católica.
Segundo o IBGE, o número de católicos foi de 123,3 milhões em 2010, cerca de
64,6% da população. No levantamento feito em 2000, eles eram 124,9 milhões, ou
73,6% dos brasileiros. A queda foi de 1,3%.
A
queda do percentual de católicos é histórica, de acordo com o instituto. Até
1970, em quase 100 anos, a queda foi de 7,9 pontos percentuais: o número de
católicos em 1872 (ano do primeiro Censo) representava 99,7% da população e
passou a 91,8% em 1970.
O
Nordeste ainda mantém o maior percentual de católicos, com 72,2% em 2010.
Apesar de ser a região do país com maior concentração do grupo religioso, a
população nordestina católica sofreu queda. Em 2000, o percentual era de 79,9%.
No Sul, o IBGE também identificou redução do percentual de católicos, saindo de
77,4% para 70,1% nos censos de 2000 e de 2010, respectivamente.
A
maior redução foi registrada pelo instituto no Norte, passando de 71,3% da
população em 2000 para 60,6% em 2010.
O IBGE
registrou que, ao mesmo tempo em que o número de católicos caiu no Norte e no
Nordeste, o número de evangélicos cresceu com maior volume nas duas regiões. A
representatividade no Norte saiu de 19,8% (2000) para 28,5% (2010). No
Nordeste, o aumento de evangélicos foi menor, saindo de 10,3% para 16,4%, se
comparados os Censos de 2000 e de 2010, respectivamente.
No
estado do Rio de Janeiro, o percentual de católicos é 45,8% da população em
2010, o menor do país, segundo o IBGE. No estado também foi registrada a maior
concentração de espíritas com 4%; seguido de São Paulo, com 3,3%; Minas Gerais,
com 2,1%; e Espírito Santo, com 1%.
No
Piauí, o percentual de católicos foi o maior, com 85,1% da população do estado.
A proporção de evangélicos foi maior em Rondônia, com 33,8%. A menor foi
registrada no Piauí, com 9,7%.
O IBGE
registrou que 15 milhões de pessoas se declararam sem religião no Censo de
2010, o que representa 8% dos brasileiros. Em 2000 eram 12,5 milhões, o
equivalente a 7,3% da população.
O
Censo 2010 também apontou que 31,5% dos espíritas têm nível superior completo,
apenas 1,8% das pessoas não têm instrução e 15% têm ensino fundamental
incompleto. Outros 1,4% dos espíritas não são alfabetizados.
Os
católicos têm 6,8% das pessoas sem instrução e 39,8% com ensino fundamental
incompleto. No grupo dos que se declaram sem religião o percentual de pessoas
sem instrução é de 6,7% e outros 39,2% têm ensino fundamental incompleto. Entre
os evangélicos o percentual chega a 6,2% (sem instrução) e a 42,3% (com ensino
fundamental incompleto).”
Após
o Concílio do Vaticano II, em 1971 o Padre Gustavo Gutiérrez publicou o livro
“A Teologia da Libertação”. Inicialmente foi censurado pelo então Papa João
Paulo II, por conter a utopia marxista como base. Com efeito, a Teologia da
Libertação uma vez implantada, cresceu exponencialmente no país, tendo como
muitos representantes padres e leigos diretamente ligados com partidos de
esquerda. Lembrando que os adeptos adentraram nos seminários do país – não
todos – esquerdizando uma parte considerável da Igreja Católica.
Com
efeito, em longo prazo a consequência de todo processo foi o de esvaziamento da fé dos católicos. O catecismo não era mais ministrado como ensina a tradição. Os
dogmas, os sacramentos para grande parte passaram a ser vividos apenas como uma
mera tradição (não para todos graças a Deus). Destarte, a população brasileira
continuou sendo em sua grande maioria conservadora, mesmo sem saber o que
significa o termo. Como consequência da politização do evangelho feito pelos
leigos, padres e bispos da CNBB adeptos do marxismo, a tradição católica foi
sendo demolida.
Em concomitância, a ala protestante, aproveitou-se da fragilidade institucional da Igreja, e sabendo que a sociedade brasileira é predominantemente crente em Deus, angariou muitos para seu lado, ora com discursos mentirosos sobre questões dogmáticas, ora por discursos de medo, de que se você não aceitar Jesus você vai para o inferno - como se o católico não cresse -, ora por demonstrações de inúmeros "milagres", ora por promessas de prosperidade nesse plano e outrora por acalorados louvores que trabalham muito com a emoção das pessoas.
Em concomitância, a ala protestante, aproveitou-se da fragilidade institucional da Igreja, e sabendo que a sociedade brasileira é predominantemente crente em Deus, angariou muitos para seu lado, ora com discursos mentirosos sobre questões dogmáticas, ora por discursos de medo, de que se você não aceitar Jesus você vai para o inferno - como se o católico não cresse -, ora por demonstrações de inúmeros "milagres", ora por promessas de prosperidade nesse plano e outrora por acalorados louvores que trabalham muito com a emoção das pessoas.
O
resultado de tudo isso é uma comunidade católica descrente, desmotivada e
completamente relativizada, falando em termos doutrinais. A pessoa batizada na
Igreja Católica que foi vítima desse processo acha que pode fazer tudo, que
nada é pecado, que Deus ama o pecado e o pecador no fim das contas, o que é um
erro sem precedentes. Faça uma experiência, por exemplo: aborde alguém que
possui comportamento moral duvidoso e pergunte: Qual a sua fé? De forma unânime
você irá ouvir: “Sou Católico”. Com efeito, o cidadão sabe que o ateísmo não é bem visto, e assumir isso poucos têm coragem de fazer,
então no momento do questionamento ele diz que é católico, o que não é verdade, sendo
ele um agnóstico ou até mesmo um ateu envergonhado. Aqui os marxistas nadaram de braçada, e muitas famílias definharam e definham sob a bota do marxismo cultural, isso é um fato.
Podemos
então entender alguns dos motivos da queda da comunidade católica; de acordo
com o IBGE os católicos foram de 99,7% para 91.8% até 1970; justamente no
período de implantação do marxismo dentro da Igreja. A partir de então, o
número de católicos só diminuiu; até o ano 2000 os números foram de 64,6%,
enquanto a população protestante subiu para 22,41%. O que fortalece o fenômeno
de migração da fé católica para protestante é que de 100% dos atuais
protestantes, 44% deles migrou da Igreja Católica. De um modo às avessas, em termos de conservação cultural essa migração atuou positivamente.
Com
efeito, pergunto: o marxismo conseguiu chegar ao seu objetivo de destruição da
família atingindo a Igreja Católica? Teologicamente sim; todavia, culturalmente
não da maneira que planejaram. Explico: o que sustenta a cultura ocidental (foco de destruição dos
utópicos marxistas) é a ética judaico-cristã; tão logo em termos de cultura, a
base que sustenta a fé tanto dos católicos, protestantes e judeus é a mesma, e
nesse contexto o tiro saiu pela culatra. Se pensarmos em números, o Brasil tem
segundo o IBGE pouco mais de 8% de ateus declarados, o que ainda é
insignificante para atingir os obscuros objetivos de um possível
desmantelamento social, não desconsiderando aqui as famílias sem referência moral cristã católica. Seria bem diferente se dentro desses números víssemos o
que acontece hoje na Europa, com uma crescente exponencial de adeptos do Islã.
Diferente da maioria dos países do ocidente, cada casal muçulmano tem cerca de nove
filhos, o que coloca a Europa daqui a alguns poucos anos como um possível
grande estado muçulmano. O Islã está em todo mundo, porém o número de mesquitas
no Brasil ainda é insignificante, mas isso tende a mudar, lembrando que a taxa de natalidade do brasileiro hoje é de 1,8 filhos por casal.
Quando
digo que teologicamente sim, nós católicos fomos feridos de morte, no que nos
foi passado de geração em geração, seja pela Sagrada Tradição, ou pelo que nos foi
ensinado na mesma ordem pelo Sagrado Magistério. Contudo, existe uma tendência
conservadora se manifestando no país, e muitos padres e leigos católicos estão
resgatando aos poucos o que por décadas foi distorcido, e pelo menos tentando mitigar os estragos feitos na família tradicional católica. Tão logo, no atual
cenário, já encontramos tantos leigos quanto sacerdotes combatendo os inimigos infiltrados na Igreja, e a tendência é
diminuirmos a atual predominância de teólogos da libertação na instituição.
Concluo,
dizendo, a migração cultural tão esperada não ocorreu, mas a espiritual sim. A Escola de
Frankfurt falhou no seu real objetivo de destruição da cultura Judaico-cristã, todavia teologicamente a salvação de muitas almas passa por essa
guerra, e não desistiremos até o fim. Não pense você protestante, que a Igreja
Católica é permissiva e relativista. Se você renegou sua fé, é porque
realmente você não conhece absolutamente nada da sua doutrina. Quem conhece a
Igreja que o próprio Cristo fundou jamais a abandonaria. O próximo documento será para refutar muitas
das mentiras sobre a Igreja Católica, que foram usadas covardemente por muitos protestantes
para angariar fiéis; aguardem.
Número de evangélicos aumenta 61% em 10 anos, aponta IBGE. Disponível em: < http://g1.globo.com/brasil/noticia/2012/06/numero-de-evangelicos-aumenta-61-em-10-anos-aponta-ibge.html > . Acesso em: 28/03/2018.
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