...O livro simboliza a regra de vida dos
beneditinos. O lema principal de sua regra de vida é: ‘Ora et Labora’, ou
seja, ‘ore e trabalhe’. A oração alimenta o espírito e dá
sentido a todas as coisas. O trabalho ocupa a mente, enobrece o homem, é causa
de crescimento e desenvolvimento. O cajado na mão de São Bento
é uma referência ao santo como “pai dos monges” e pastor.. São Bento é sempre
representado abençoando. Este era um gesto comum em sua vida: abençoar. Ele
seguia à risca o conselho de São Pedro que diz: “Não pagueis mal com mal, nem
injúria com injúria. Ao contrário, abençoai, pois para isto fostes chamados,
para que sejais herdeiros da bênção”. (1Pedro 3,9) Foi seguindo este conselho,
que São bento ficou livro do envenenamento, como vimos acima.
...Certa
ocasião, São Bento havia saído com os irmãos para trabalhar no campo, quando
chegou ao mosteiro um camponês levando nos braços o corpo de seu filho morto,
chorando amargamente e perguntando pelo venerável Bento. Quando lhe responderam
que estava no campo com os monges, deixou junto à porta do mosteiro o corpo do
falecido filho e, grandemente perturbado pela dor, saiu a correr em busca do monge.
Naquele preciso momento, porém, já
estava regressando o homem de Deus com os irmãos. Nem bem o avistou, o infeliz
começou a gritar: “Devolve-me meu filho, devolve-me meu filho!” Ao ouvir tais
palavras, deteve-se o homem de Deus e lhe perguntou: “Por acaso eu roubei teu
filho?” Ao que respondeu: “Ele morreu, ressuscita-o”.
Ouvindo isso, o servo de Deus
entristeceu-se muito, dizendo: “Coisas dessas não cabem a nós, antes são
próprias de santos Apóstolos. Por que quereis impor-nos cargas que não somos capazes
de suportar?” Mas o infeliz, esmagado pela dor, persistia em seu pedido,
jurando que não iria embora enquanto ele não lhe ressuscitasse o filho. Então o
servo de Deus perguntou: “Onde está ele?”
Ao que o pai respondeu: “Junto à porta do mosteiro”.
Chegou o homem de Deus com os irmãos,
pôs os joelhos em terra e inclinou-se sobre o corpinho do menino; levantando-se
em seguida, ergueu as mãos ao céu e disse: “Senhor, não
olhes os meus pecados, mas a fé deste homem que pede que se lhe ressuscite o
filho, e faz voltar a este corpinho a alma que dele quiseste levar”.
Mal havia acabado de proferir tais palavras quando, voltando alma ao corpo do menino, este estremeceu de
tal modo que todos os presentes puderam apreciar com seus próprios olhos como
se havia agitado com aquela sacudida maravilhosa. Bento, então, tomou a mão do
menino e o devolveu vivo e incólume ao pai.
São Bento, rogai por nós!
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