...Ela nos ensina, com isso, a viver a “Infância Espiritual”, a sermos crianças
para atrairmos o olhar de Deus. E isso nos faz viver a pequenez – ser pequeno,
viver o escondimento combate o nosso orgulho e agrada o coração de Deus. “Sou o que
Deus pensa de mim!” A caridade deu-me a chave da minha vocação. Compreendi que,
se a Igreja tinha corpo, composto de vários membros, não lhe faltava o mais
necessário, o mais nobre de todos. Compreendi que a Igreja tinha coração, e que
o coração era ardente de amor. Compreendi que só o amor fazia os membros da
Igreja atuarem e que, se o amor extinguisse, os Apóstolos já não anunciariam o
Evangelho e os mártires se recusariam a derramar seu sangue…Compreendi que o
amor abrange todas as vocações, alcançando todos os tempos e todos os
lugares…Numa palavra, é eterno…
...Decorria o ano de 1897. A Irmã Virgínia da
Paixão, a humilde religiosa Clarissa do Mosteiro de Nossa Senhora das Mercês no
Funchal, encontrava-se gravemente doente, devido a uma queda nas escadas. Esta
enfermidade fazia-a sofrer imenso, não só pelas dores físicas, mas pela
relutância que experimentava em deixar-se examinar pelo médico. Com a força das
dores não conseguia conciliar o sono.
Na noite de 30 de Setembro, sentindo aumentar os
sofrimentos, pediu ao Senhor que a curasse por intercessão da primeira alma que
entrasse naquele momento no Paraíso. A resposta do céu não se fez esperar.
Narra-nos a Madre Virgínia nos seus escritos: “Senti uma mão invisível que me
tocava e vi junto do meu leito uma religiosa vestida de hábito pardo, manto
branco e véu preto na cabeça. Conheci que não era a nossa enfermeira.
Era manhã, mas ainda fazia escuro, e reconheci à
luz bruxuleante da lâmpada, que era uma religiosa nova e muito formosa. Referiu
que Jesus, respondendo à minha súplica, a tinha enviado para lhe dizer ser sua
vontade me submetesse ao exame clínico prescrito e me deixasse tratar. Ela
seria a minha fiel enfermeira. Perguntei-lhe quem era. Por fim, sorriu e
disse: eu sou uma religiosa carmelita, chamada Teresa do Menino Jesus e da
Santa Face, que acabo a vida mortal e entro já no Paraíso. Recomendou-me
segredo até ao tempo que aprouvesse ao divino Senhor revelar (o milagre) e desapareceu”
(Apontamento Biográfico do Padre João Prudêncio da Costa).
A
Madre Virgínia relata que o médico fez a intervenção cirúrgica conveniente e
que Santa Teresinha do Menino Jesus foi a sua fiel e dedicada enfermeira,
tirando-lhe todas as dores. “Fiquei perfeitamente boa. Fui curada
milagrosamente. Isto se deu no dia 30 de Setembro para primeiro de outubro de
1897. No dia 4, festa do meu Pai S. Francisco, já pude tomar parte nas funções
da comunidade”. Clinicamente era inexplicável como em tão pouco tempo se
realizou a prodigiosa cura. Mistérios de Deus: nesse mesmo dia, em Lisieux,
realizava-se o funeral de Santa Teresinha do Menino Jesus e da Santa Face...
Santa Terezinha, rogai por nós!
Continua...
Santa
Terezinha do Menino Jesus.
Disponível em:< http://pantokrator.org.br/po/mediacenter/formacoes/santa-terezinha-menino-jesus/ >. Acesso em: 04/11/2017.
A
ligação entre Santa Teresinha do Menino Jesus e Madre Virgínia. Disponível em:< https://sites.google.com/site/madrevirginiabritesdapaixao/a-ligacao-entre-santa-teresinha-do-menino-jesus-e-madre-virginia >. Acesso em: 04/11/2017.
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