𝐹𝑖𝑙𝑜𝑠𝑜𝑓𝑖𝑎, 𝑇𝑒𝑜𝑙𝑜𝑔𝑖𝑎 𝑒 𝐶𝑢𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑒𝑚 𝐺𝑒𝑟𝑎𝑙!

sábado, 18 de março de 2017

ESTADO DE DÚVIDA E A INTELIGÊNCIA MULTIFOCAL - DIVERGENTE



                Inteligência é um conjunto que forma todas as características intelectuais de um indivíduo, ou seja, a faculdade de conhecer, compreender, raciocinar, pensar e interpretar. A inteligência é uma das principais distinções entre o ser humano e os outros animais. 
            Etimologicamente, a palavra "inteligência" se originou a partir do latim intelligentia​, oriundo de intelligere, em que o prefixo inter significa "entre", e legere quer dizer "escolha". Assim sendo, o significado original deste termo faz referência a capacidade de escolha de um indivíduo entre as várias possibilidades ou opções que lhe são apresentadas. 
           Para a escolha da melhor e mais adequada oportunidade, entre as várias opções, uma pessoa precisa avaliar ao máximo todas as vantagens e desvantagens das hipóteses, necessitando para isso da capacidade de raciocinar, pensar e compreender, ou seja, a base do que forma a inteligência. 
            Entre as faculdades que constituem a inteligência, também está o funcionamento e uso da memória, do juízo, da abstração, da imaginação e da concepção. Os conceitos e definições da inteligência variam de acordo com o grupo a que se referem. Por exemplo, na psicologia, a chamada "inteligência psicológica" é a capacidade de aprender e relacionar, ou seja, a cognição de um indivíduo; enquanto que no ramo da biologia, a "inteligência biológica" seria a capacidade de se adaptar a novos habitats ou situações. 
            Os testes de inteligência surgiram entre os séculos XIX e XX, na tentativa de "medir" o tamanho da inteligência dos indivíduos. O primeiro teste desenvolvido para medir a capacidade intelectual foi criado pelo psicólogo francês Alfred Binet (1859-1911), que era aplicado nas escolas francesas para identificar os alunos com dificuldades de aprendizado. 
            Alguns anos mais tarde, o psicólogo alemão William Stern (1871-1938) criou a expressão Quociente de Inteligência, conhecido pela sigla QI(Intelligenz-Quotient, em alemão), introduzindo os termos "IM (Idade Mental)" e "IC (Idade Cronológica)", para relacionar a capacidade intelectual de uma pessoa e a sua idade. 
            O psicólogo Howard Gardner apresentou a Teoria das Inteligências Múltiplas, que alegar ser a inteligência um conjunto de no mínimo 8 processos mentais diferentes existentes dentro do cérebro. 
De acordo com esta teoria, cada ser humano possui um pouco de cada uma dessas "inteligências", sendo que, em algumas pessoas, sempre há um tipo de processo específico que pode ser mais desenvolvido do que em outras, fazendo com que de destaque em determinadas campos ou áreas de atividade.
Inteligência linguística: pessoas com facilidade em se expressar, oralmente e através da escrita. Pessoas com este tipo de inteligência mais desenvolvido têm tendência a aprender outros idiomas com mais facilidade, além de possuir um alto grau de atenção.
Inteligência lógica: pessoas com facilidade em trabalhar com a lógica em geral, como operações matemáticas ou trabalhos científicos, por exemplo. Normalmente, possuem uma boa memória e conseguem solucionar problemas complexos facilmente. Podem ainda ser consideradas mais organizadas e disciplinadas.
Inteligência espacial: pessoas com facilidade em entender e manipular o mundo visual, como imagens em 2D ou 3D. São bem desenvolvidos por arquitetos e profissionais ligados à arte gráfica.
Inteligência motora: pessoas que conseguem realizar movimentos complexos com o próprio corpo, tendo para isso uma espantosa noção de espaço, distância e profundidade dos ambientes. 
Inteligência musical: pessoas com facilidade em identificar e reproduzir diferentes tipos de padrões sonoros, além de criar músicas ou harmonias inéditas. Este é um dos tipos raros de inteligência presentes entre as pessoas.
Inteligência interpessoal: pessoas com facilidade de liderar, a partir do entendimento do ponto de vista e intenções dos outros. São considerados indivíduos muito ativos, que gostam de responsabilidades e que têm facilidade em conseguir convencer os demais a fazer aquilo que desejam. 
Inteligência intrapessoal: pessoas com facilidade em observar, analisar e compreender a si próprias. Também podem exercer influência sobre as pessoas, mas de maneira mais subjetiva, utilizando idéias e não ações. 
Inteligência naturalista: são as pessoas com facilidade de identificar e diferenciar diferentes padrões presentes na natureza.
                 O conceito de inteligência emocional está presente dentro da psicologia e foi criado pelo psicólogo estadunidense Daniel Goleman.  Um indivíduo considerado emocionalmente inteligente é aquele que consegue identificar as suas emoções, motivando a si mesmo a persistir em situações de frustração, por exemplo.  Entre as outras características da inteligência emocional está a capacidade de controlar impulsos, canalizar emoções para situações adequadas, motivar as pessoas, praticar a gratidão, entre outras qualidades que podem ajudar a encorajar os outros. 
            Divergente é um adjetivo de dois gêneros na língua portuguesa e que qualifica algo ou alguém que se difere, discordase opõe e se afasta dos demais indivíduos que pertencem ao seu grupo. A ideia de divergente está relacionada com tudo aquilo que se opõe. Uma pessoa divergente é aquela que não se enquadra no contexto de determinado grupo ou situação, tendo uma opinião diferente dos outros e não concordando com facilidade com pontos de vista alheios aos seus. Dentro dos estudos linguísticos, por exemplo, chama-se de divergente os vocábulos que apresentam formas distintas, mesmo que pertençam a um mesmo idioma ou que tenham origem a partir de uma mesma palavra.
            Não estranhe tantos conceitos aparecendo no texto aparentemente de forma aleatória. Transitei nos conceitos acima e realizei alguns dos diversos testes inicialmente propostos por Binet. Em primeira instância apareceu o medo de descobrir que poderia ser um completo imbecil, todavia a curiosidade de realizar os testes foi maior que o medo.
            Testes de inteligência espacial, lógica e numérica: foram realizados sete testes diferentes, todos contendo os conceitos de Binet. As questões variavam de 30 a 60, sendo alguns cronometrados e outros não. Os resultados dos testes de QI foram os seguintes, não necessariamente nesta ordem: 124, 125,126, 127, 128, 129 e  130. Como tudo em estatística,  precisamos de um desvio padrão, os criadores dos testes usaram o método da curva da normal com desvio padrão de 5, com confiabilidade de 95%. Desvio padrão quer dizer que o número final pode ter subtraído 5 e somado 5, sendo o resultado final ficando dentro desta margem.  Com efeito, 124 + 125 + 126 + 127 + 128 + 129 + 130 = 889 ÷ 7 = 127.  Com o desvio padrão o meu QI varia entre 122 e 132, que bom.            Nos testes de inteligência emocional obtive um resultado de "alta inteligência emocional" e utilizo meu cérebro de forma equilibrada, "50% lado direito e 50% lado esquerdo".  Entretanto, será que as amostragens, os testes, as estatísticas conseguem decifrar com eficiência a inteligência em sua raiz? Creio que não, é apenas uma referência, não somos tão facilmente decifráveis e exatos como pretendem os testes.
            Nunca entendi muito bem sobre se enquadrar em um tipo "X", "Y" ou "Z" de inteligência. Mas o que nos é passado, aqui no Brasil, é que podemos ser bons em "X", "Y" ou "Z", ou melhor, frequentamos décadas nas instituições de ensino para chegar a conclusão que a maioria acaba não se enquadrando em nenhuma delas. Compreendo dentro do universo da inteligência, falando de forma particular, que posso percorrer por vários tipos, divergindo de tudo e de todos, sempre na busca pela verdade, que nunca tem fim.
"O desenvolvimento da inteligência exige ainda uma outra coisa, que é a tolerância para com o estado de dúvida, que é um estado psicológico que se define por duas afirmações contraditórias e simultâneas de credibilidade aparentemente igual. Ou seja, ao examinar uma questão, dizer um sim e um não com igual convicção, isto é, acreditar tanto numa hipótese como na hipótese contrária, ter iguais razões a favor e contra. Na quase totalidade dos assuntos com os quais lidamos, não há tempo e não há condição prática de sair do estado de dúvida. O indivíduo que ou não tem vocação para a vida da inteligência ou se desviou dela por um motivo qualquer, sente como muito urgente sair do estado de dúvida; ele precisa ter uma opinião de qualquer jeito, precisa se pronunciar, precisa chegar a um sim ou um não, e esta necessidade é vivida como mais urgente do que a de conhecer a verdade. Neste caso a inteligência não se desenvolve, pois ela é substituída pela simples busca de segurança, já que a dúvida é um estado de insegurança. Se queremos desenvolver a inteligência, temos de fazer uma escolha: a de preferir antes permanecer em dúvida do que ter uma pseudocerteza. É óbvio que a certeza é preferível à dúvida, mas ela só é preferível realmente quando é uma certeza autêntica, e não uma simples preferência individual. Então uma outra exigência para o desenvolvimento da vida intelectual é uma espécie de voto de pobreza em matéria de opiniões, um voto de ter opinião sobre muito pouca coisa e se reservar para opinar sobre coisas em que você teve efetivamente tempo de pensar, e no resto você consentir em permanecer em dúvida, até mesmo, se for preciso pelo resto de sua vida. Uma certeza firme é preferível a um milhão de dúvidas mas, lamentavelmente, se quisermos desenvolver a inteligência teremos de tolerar o estado de dúvida, o estado de incerteza, por mais tempo do que as pessoas geralmente toleram. Além de fazer este voto de pobreza em matéria de opinião, é necessário ainda um outro tipo de voto de pobreza que é a renúncia à busca de apoio, ou seja, você não acreditar que o número das pessoas que o apoiam representa um argumento efetivo em favor da veracidade do que você está dizendo. Em todas as questões mais difíceis a maioria geralmente está errada, ou seja, em geral o consenso mais imediato é feito em torno de algum erro. Por que? Já dizia Sto. Tomás de Aquino: a verdade é filha do tempo. A verdade geralmente demora para aparecer. Se for preciso, se for absolutamente preciso buscar apoio numa opinião majoritária, então é preferível escorar-se nas opiniões que a humanidade conservou intactas ao longo dos tempos, que resistiram incólumes às mudanças e aos desgastes do tempo, do que naquelas que simplesmente formam a voz majoritária do nosso tempo, e que correm o grave risco de tornar-se minoritárias amanhã ou depois. Dito de outro modo: se algum valor tem a opinião da maioria, não é a da maioria momentânea, da maioria mercadológica, fugaz e inconstante, mas sim a da maioria humana, da maioria da espécie humana em todas as épocas e lugares: quod semper, quod ubique, quod ab omnibus credita est, "aquilo em que todos, em toda parte, sempre acreditaram".(CARVALHO, 1994)
          

            Não importa se seu QI é superior, média superior, média, média inferior, limítrofe ou intelectualmente deficiente. Pois, o projeto atual educacional, e isso é uma tendência mundial, é nivelar todos por baixo, se destacar é sinônimo de desigualdade, e desigualdade é sinônimo de fascismo para os militantes. Caso você se destaque, pode ouvir que teste de QI é coisa de burguês por exemplo. Não existe uma preocupação em formar professores com o intuito de promover e desenvolver o potencial de cada um, pois, se alguém se destaca, logo se transforma em um inimigo. É proibido ser diferenciado, por que? Porque contra o processo revolucionário, quem pensa, quem busca conhecer, quem se desenvolve, logo encontra as infinitas contradições existentes nos ideais globalistas existentes, se torna automaticamente em um divergente. 
              Ser divergente é bom? Creio que sim, todavia, não ficar na pseudocerteza tem um preço caro, o principal é ser rotulado daquilo que você  não é como: fascista, coxinha, direita, fundamentalista, dentre outos. Com efeito, penso que deveríamos tender para a ideia de que a certeza é preferível à dúvida, mas ela só é preferível realmente quando é uma certeza autêntica.               Como você pretende diagnosticar o fato? Acha que seria simples como a resolução de um cálculo de derivada, diferencial ou integral? Acha que o seu professor de história, filosofia, sociologia lhe oferece ferramentas para isso? Acha que estudando insistentemente Marx lhe trará alguma luz? Respondo, dizendo, você precisa de muito mais. Liberte-se dos grilhões das ideologias que propositalmente te limitam, sejam multifocais, não existem limites para sua capacidade cognitiva.              
          Concluo, dizendo, que Escola de Frankfurt, através de seus enfadonhos líderes disseram que seriam como  o vírus,  e espalhariam seus ideais revolucionários por toda sociedade, infiltrando-se na sua cultura, e obtiveram enorme êxito, infelismente. Sejamos pois como vacinas, que podem demorar para ser refinadas, todavia, assim que aplicadas, tornam imunes aquelas pessoas de tamanho mal. Por fim, a fabricação de vacinas nesse contexto é fundamental, caso contrário, a doença marxista  continuará a espalhar pelo mundo a desinformação, a dúvida, demolindo a inteligência e seu desenvolvimento.


Texto de Antonio Carlos Oliveira Bessa e Silva


SIGNIFICADO DE INTELIGÊNCIA. Disponível em: https://www.significados.com.br/inteligencia/. Acesso em: 18/03/2017.
INTELIGÊNCIA E VERDADE. Disponível em: <://www.olavodecarvalho.org/apostilas/intver.htm > Acesso em 18/03/2017.



Post anterior
Próximo post

0 comments: