Vinde Espirito Santo
Quando imaginamos que uma investigação chega ao fim, nos
deparamos com novos fatos que inevitavelmente nos levam a refletir mais uma
vez. No dia 13 de Setembro de 2016, ocorreu uma quarta aparição da pomba
outrora citada nos artigos: “A Fé nos Limites da Razão” e “Igreja Católica
Apostólica Romana: liberal ou conservadora?” No mesmo local e horário.
Coloquei-me a questionar a possibilidade da ave estar trocando de penas, pois
estava com tonalidade de cor bem mais clara que das três primeiras
visualizações, diria que estava com um tom azul muito claro tendendo para branco.
Destarte segundo Nunes (2003), “O ciclo reprodutivo dos
pombos é regulado pela disponibilidade de alimento. Em centros urbanos, é
observada a reprodução destas aves durante o ano todo, exceto na época de muda
das penas, antes do inverno”. Com efeito, pelo calendário climático
brasileiro, na presente data estamos na transição inverno / Outono, tão logo
todos os pombos urbanos já trocaram suas penas.
Na sequência das observações, no dia 16 de Setembro de 2016, o
autor passou novamente pelo local das aparições e constatou uma quinta
visualização, e desta vez a pomba estava completamente branca, e como das
outras vezes sempre centralizada em relação a outras duas pombas escuras.
Muitos que acompanharam o desenrolar dos fatos podem chegar à
conclusão que a ave branca vista por último não seria a mesma relatada pelo
autor nos artigos anteriores, e de fato, não é possível provar se é a mesma.
Todos os questionamentos levantados continuam sem resposta, e não podemos
ignorar os fatos, a pomba apareceu por cinco vezes, sendo as três primeiras com
a cor totalmente azul, sem manchas, na quarta vez um azul bem claro tendendo
para o branco e na última visualização totalmente branca.
Concluo, dizendo que no que foi possível investigar sobre a
possível existência de um exemplar azul é totalmente improvável, e isto é um
fato. Destarte a pomba branca apareceu e quero crer que não foi um mero acaso,
que se trata de outro animal, trata-se de algo intrigante para uma mente
racionalista, mas ao fim torna-se combustível para a Fé. As pombas brancas são
para os Cristãos símbolo da presença do Espirito Santo de Deus.
No Evangelho de Mateus, dentro da narração do batismo de Jesus,
na qual se lê: “Depois que Jesus foi batizado, saiu logo da água. Eis que os
céus se abriram e viu descer sobre ele, em forma de pomba, o Espírito de Deus”
(3, 16).
Os Evangelhos de Marcos (1, 10) e Lucas (3, 21-22) narram o fato
com palavras semelhantes. O de São João fala por meio de João Batista, como
sinal de reconhecimento de quem era Jesus: “Vi o Espírito descer do céu em
forma de uma pomba e repousar sobre ele” (1, 32).
Com efeito, que estes relatos possam ajudar a nos retirar da
nossa pseudo-credulidade, e que possamos alçar vôos que extrapolam nossos
olhos, que possamos fazer como propôs Platão, sair da caverna e explorar a
verdade sem interpor limites, principalmente materiais. Por fim, desenvolvamos
nossa espiritualidade de forma a compreender a transcendência, que o Espirito
Santo de Deus representado pela pomba branca nos inspire sempre na busca da verdade,
e a verdade é o próprio Deus!
NUNES, Vânia de Fátima
Plaza. Pombos Urbanos: O Desafio de Controle, 2003.
Disponível em:<
http://www.biologico.sp.gov.br/docs/bio/v65_1_2/nunes.pdf>. Acesso em: 16 de
Set. 2016.
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