Resumo
Este
documento vislumbra levantar os presentes conflitos existentes dentro da Igreja
Católica Apostólica Romana; que de certa forma não são levados ao conhecimento
dos leigos. enfatiza a polêmica questão entre ações de representantes da instituição que defendem a politização do evangelho, motivados pelo não tão usado termo
“Teologia da Libertação”; com a dos representantes da igreja conservadora. Ao
fim encontra-se o relato deste autor relatando de forma simples e objetiva
sobre sua experiência dentro deste contexto de conflito e como chega às
suas conclusões sobre arealidade.
Palavras-chave: teologia da libertação, Igreja conservadora.
Introdução
A Igreja Católica Apostólica Romana, instituição
milenar traz consigo os ensinamentos necessários para que possamos ao fim
de nossa existência nesta terra gozar da promessa que Nosso Senhor Jesus Cristo
nos prometeu, ou seja, a vida eterna. Por séculos a Igreja fundada por Cristo
com o auxílio dos seus Bispos estudou as escrituras da Torá (tradução Grega),
juntamente com os escritos deixados pelos evangelistas que se narram as
interpretações religiosas do motivo da existência do homem na Terra. É
considerada pelos cristãos como divinamente inspirada, tratando-se de
importante documento doutrinário.
De acordo com o Catecismo da Igreja Católica, 75-79,
83 /96.98 relata que a Tradição Apostólica é a transmissão da mensagem de
Cristo, realizada desde as origens do cristianismo, mediante a pregação,
o testemunho, as instituições, o culto, os escritos inspirados. Os Apóstolos
transmitiram aos seus sucessores, os Bispos, e, através deles, a todas as
gerações até ao fim dos tempos, tudo o que receberam de Cristo e aprenderam do
Espírito Santo.
No item 17 do Catecismo relata que a Sagrada
Escritura, a Tradição e o Magistério de tal maneira estão unidos, que nenhum
deles existe sem os outros. Todos juntos contribuem eficazmente, cada um a seu
modo sob a ação do Espírito Santo para a salvação dos homens.
Logo, no decorrer de séculos a Igreja construiu com
inspiração do Divino Espirito Santo, sendo Jesus Cristo a cabeça e nós os
membros uma nova aliança, e aguardamos sua volta com fé. Em toda sua caminhada
a Igreja passou por diversas dificuldades, mas sempre esteve alicerçada em
rocha firme e sobrevive a mais de 2000 anos.
Segundo Catecismo (180): a exemplo dos doze Apóstolos
escolhidos e enviados por Cristo, a união dos membros da hierarquia
eclesiástica está ao serviço da comunhão dos fiéis. Cada Bispo exerce o
ministério, como membro do colégio episcopal em comunhão com o Papa,
participando com ele na solicitude pela Igreja universal. Os sacerdotes exercem
o seu ministério no presbitério da Igreja particular, em comunhão com o próprio
Bispo e sob a sua condução.
Quanto à infalibilidade 185, 971 do Catecismo, exercem-se
quando o Romano Pontífice, em virtude da sua autoridade de supremo Pastor da
Igreja, ou o Colégio Episcopal, em comunhão com o Papa; sobretudo reunido num
Concílio Ecumênico, proclamam com um ato definitivo uma doutrina respeitante à
fé ou à moral, e também quando o Papa e os Bispos, no seu Magistério ordinário,
concordam ao propor uma doutrina como definitiva. A tais ensinamentos cada fiel
deve aderir com o obséquio da fé.
No último contexto supracitado visto como inviolável
encontramos o problema proposto no presente artigo; observa-se que há algumas
décadas vimos crescer uma linha liberal dentro da Igreja de Cristo; que
enfatizam que os dogmas instituídos por ela não são importantes e
consequentemente gerou um conflito inevitável com tudo que a Igreja construiu
até o presente momento.
Desenvolvimento
Inicio este texto relatando que não sou profissional
da teologia ou filosofia, mas de acordo com o filósofo Olavo de Carvalho,
estima-se que 50% ou mais dos estudantes universitários no Brasil são
analfabetos funcionais; onde todas as universidades brasileiras estão
entranhadas de pseudo-intelectuais e professores de cunho marxista que
obviamente não visam o pleno desenvolvimento dos alunos; mas sim doutrina-los
de forma a se tornarem massa de manobra e militantes de partidos de esquerda; o
que é lastimável para a educação brasileira. Nesse contexto permito-me observar
de fora e analisar de forma imparcial trabalhando sempre com fontes primárias
de informação.
Algumas bibliografias serviram de alicerce para o
presente estudo, foram consultados tanto livros de intelectuais da chamada
Direita, quanto da Esquerda, dentre eles temos: Immanuel Kant "A Religião
nos Limites da Simples Razão", Carlos Mesters "Deus onde estás",
Thomas Piketty "O Capital no Século XXI", Platão "A Alegoria da
Caverna", René Descartes "O Discurso do Método", O mínimo que
Você Precisa Saber Para Não Ser um Idiota "Olavo de Carvalho",
dentre outras obras.
Os estudiosos da área identificam que a chave
ideológica que explica
a maioria das posições da esquerda é a Teoria Crítica, da escola de Frankfurt.
Eles instauraram no ocidente críticas divisionistas com o objetivo destruí-lo
em todos os seus fundamentos, o que geram um sistema marxista e um regime
opressivo. Exageram nos chavões: sexista contra homofóbico dentre outros.
Inseriram o pensamento relativista com o intuito de dividir para conquistar, e
desenvolveram diversas técnicas para colocar os cidadãos uns contra os outros
enquanto a esquerda toma o poder, atropelam as leis, os valores, credos para
implantar sua ideologia maligna.
A escola de Frankfurt conseguiu com sucesso implantar
sua utopia nos mais diversificados ramos da sociedade, todavia o que
impressiona é a ação do marxismo dentro da Igreja Católica Apostólica Romana.
Quem quiser saber de forma detalhada cada ação e toda cronologia de toda essa
engenharia social veja os artigos do Olavo de Carvalho; grande parte publicada
no Diário do Comércio e publicações do Padre Paulo Ricardo; em especial no seu
site padrepauloricardo.org. O que importa no momento é que as famílias
ocidentais tradicionais estão ameaçadas, elas tem como base o chamado direito romano, a ética judaico-cristã e a filosofia grega, e em tese vem sendo
corroídas por dentro; como dizia Antonio Gramsci, não se deve combater a fé católica, mas se infiltrar e a corroer de dentro para fora.
Venho de uma família tradicional, fui educado dentro
da fé católica apostólica romana, contrai o sacramento do matrimônio e hoje
tenho uma filha. Relato que passei por diversas comunidades católicas e que com
o transcorrer do tempo pude identificar claramente o real conflito instaurado. Nas
áreas mais pobres é difícil diferenciar nas homilias dos padres a
transcendência que vivenciamos no Evangelho, percebe-se que as palavras estão
recheadas de pensamento revolucionário; onde ocorre um atendado de esvaziamento
da fé, da-se somente uma tradução humana para o Evangelho de Cristo; o que gera
uma grande preocupação. Sabemos muito bem que para uma boa interpretação
precisamos observar três situações distintas como diz o Professor Felipe
Aquino: Sagrada Escritura, Sagrada Tradição e Sagrado Magistério e por muitas vezes presencia-se
(não em todas) missas em que nada disso foi observado pelo sacerdote.
Além de fazer politização do evangelho, muitos em suas
homilias proferem heresias e apostasias, dentre as várias presenciadas por este
autor à assembléia desinformada identificam-se as seguintes: "Não há
inferno, Deus é mais!", "A Igreja Católica não é a Igreja fundada por
Cristo!", "Os Dogmas não são importantes!", "A Igreja
Católica é apenas mais uma dentre as várias outras, sendo apenas um instrumento
para instauração do Reino!",
"Os milagres dos santos são apenas acréscimo da comunidade
primitiva!", "Vocês catequistas não devem ensinar o Catecismo da
Igreja como lei!", "O Batismo não tira o pecado original das pessoas,
apenas insere o indivíduo na Igreja para manutenção do Reino!", por fim
escutam-se rotineiramente as mesmas apostasias e heresias.
O presente autor é racionalista por natureza, primeira
formação em ciências biológicas, segunda formação em engenharia civil, tem o
defeito de querer buscar através da razão sentido para as diversas situações
que a vida impõe, foi inevitável observar tudo que se relata neste documento,
todavia Deus nos dá dons do Espírito Santo, e dois deles são a Sabedoria e a
Ciência e cremos que podem nos guiar a buscar a verdade que o próprio Deus quer
que alcancemos. Devemos temer a Deus, respeitar e buscar seguir todos os
ensinamentos que estão presentes no Evangelho, é fácil observar que aqui
defendemos a Igreja Apostólica Romana tradicional; em certos momentos sentimo-nos
mal por ver sacerdotes adeptos da teologia da libertação proferir palavras
acusatórias às pessoas que são conservadoras em sua fé, ouve-se acusar as
pessoas que são conservadoras de novos "fariseus", que se apegam na
ponta da lei e usam de todo seu conhecimento e poder para excluir pessoas,
testemunhamos sacerdotes dizendo que Igreja Conservadora é caduca e que acabará
por ver ruir seus fundamentos ultrapassados.
De outro lado encontramos Padres e Teólogos que se
opõe com veemência aos ideias da teologia da libertação, que levam a tradição
muito a sério, ressaltam os dogmas, os milagres, a vida dos santos.
Infelizmente devido à completa relativização da sociedade ocidental; muitos
valores foram corroídos e muitas pessoas se perderam diante tamanha ditadura e
consequentemente muitos acabaram por ficar em desacordo com os princípios da
Igreja de Cristo, o que é lamentável. Mesmo irregulares com a Igreja, exemplo
pessoas divorciadas, pessoas com desvio de comportamento sexual, adeptos a
maçonaria, adeptos a crenças que as desviam da verdade, dentre outros exemplos
são convidados a participarem ativamente da vida da Igreja, claro com certas
ressalvas que são inevitáveis diante de sua situação
de impedimento, muitos liberais entram nesse contexto com um discurso
acusatório de exclusão total a essas pessoas, relativizando ainda mais a
verdade de Cristo.
É inegável que racionalista como tal, não pudesse
sentir tal conflito dentro da fé, e apesar de ter uma posição clara com relação
à verdade sentimo-nos preocupados com tamanha falta de comunhão. Por fim entra
um relato deste narrador sobre essa balança com base em uma experiência de
oração a Deus e solicitação de interseção de Nossa Senhora da Aparecida: a
partir daqui transcreverei em primeira pessoa para melhor entendimento do
acontecido. Certo
dia antes de ir ao trabalho rezei o terço, levei minha filha a casa de sua tia
de fé que a olha
e em seguida fui a caminho do trabalho. Rezava a Deus fazendo todos os
questionamentos citados neste documento, quando em certo momento visualizei uma
pomba azul planando em frente da minha moto, achei aquilo estranho, pois como
biólogo não sabia da existência de pombas com essa cor, mas segui meu caminho e
fui trabalhar.
No outro dia, segui com a rotina e novamente ao trabalho, no mesmo horário e no mesmo local a pomba azul aparece novamente em minha frente; e inegavelmente entendi aquilo como um sinal e coloquei-me a rezar e expondo toda minha preocupação a Deus com relação a esses conflitos entre liberais e conservadores. Clamei a Deus que apesar de ter segurança no Evangelho de Cristo e no que a Santa Igreja professa a dois mil anos, tinha a preocupação de mesmo como leigo evangelizar de forma errada, disse a Deus que longe de mim ensinar algo que ele não aprova, que considera heresia, e com toda a Fé pedi a nossa senhora que intercedesse por mim perante seu filho e que me orientasse para que não cometesse tamanha injúria a Deus.
No outro dia, segui com a rotina e novamente ao trabalho, no mesmo horário e no mesmo local a pomba azul aparece novamente em minha frente; e inegavelmente entendi aquilo como um sinal e coloquei-me a rezar e expondo toda minha preocupação a Deus com relação a esses conflitos entre liberais e conservadores. Clamei a Deus que apesar de ter segurança no Evangelho de Cristo e no que a Santa Igreja professa a dois mil anos, tinha a preocupação de mesmo como leigo evangelizar de forma errada, disse a Deus que longe de mim ensinar algo que ele não aprova, que considera heresia, e com toda a Fé pedi a nossa senhora que intercedesse por mim perante seu filho e que me orientasse para que não cometesse tamanha injúria a Deus.
Próximo ao meu destino com o coração ardendo em fé
passei em frente à Igreja de Nossa Senhora de Aparecida, fiz o sinal da Cruz e
então como um relâmpago veio em minha mente para ler a passagem bíblica
constante em I Reis, que narra o incidente das duas mães, e mostra como Salomão
em sua sabedoria julga o acontecido.
No primeiro livro dos Reis encontramos relato sobre
duas mulheres, mães solteiras, que naquele tempo, ter um filho fora do
casamento tinha consequências graves para a mulher. Ela estaria desamparada,
por sua família, sua manutenção era precária, sozinhas na época, sem
trabalho digno era quase impossível de sobreviver, geralmente caiam na
prostituição como meio de sustento próprio e de seus filhos. No primeiro livro
dos Reis.3,16-28, presenciamos o Rei Salomão, rei considerado sábio, julgando a
causa de duas mulheres. Estas mulheres moravam juntas, eram prostitutas, ambas
haviam tido filho recentemente. No
decorrer da noite, tirou do meu lado o meu filho, enquanto a tua serva dormia,
e o deitou no seu seio, e a seu filho morto deitou-o no meu seio.
16 Então vieram duas mulheres prostitutas ter com o rei, e se puseram diante dele.
16 Então vieram duas mulheres prostitutas ter com o rei, e se puseram diante dele.
17 E disse-lhe uma das mulheres:
Ah, meu senhor! eu e esta mulher moramos na mesma casa; e tive um filho,
estando com ela naquela casa.
18 E sucedeu
que, no terceiro dia depois de meu parto, também esta mulher teve um filho.
Estávamos juntas; nenhuma pessoa estranha estava conosco na casa; somente nós
duas estávamos ali.
19 Ora,
durante a noite morreu o filho desta mulher, porquanto se deitara sobre ele.
20 E ela se
levantou no decorrer da noite, tirou do meu lado o meu filho, enquanto a tua
serva dormia, e o deitou no seu seio, e a seu filho morto deitou-o no meu seio.
21 Quando me
levantei pela manhã, para dar de mamar a meu filho, eis
que estava morto; mas, atentando eu para ele à luz do dia, eis que não era o
filho que me nascera.
22 Então
disse a outra mulher: Não, mas o vivo é meu filho, e teu filho o morto.
Replicou a primeira: Não; o morto é teu filho, e meu filho o vivo. Assim
falaram perante o rei.
23 Então
disse o rei: Esta diz : Este que vive é meu filho, e teu filho o morto; e esta
outra diz: Não; o morto é teu filho, e meu filho o vivo.
24 Disse
mais o rei: Trazei-me uma espada. E trouxeram uma espada diante dele.
25 E disse o
rei: Dividi em duas partes o menino vivo, e dai a metade a uma, e metade a outra.
26 Mas a
mulher cujo filho em suas entranhas se lhe enterneceram por seu filho), e
disse: Ah, meu senhor! dai-lhe o menino vivo, e de modo nenhum o mateis. A
outra, porém, disse: Não será meu, nem teu; dividi- o.
27 Respondeu,
então, o rei: Dai à primeira o menino vivo, e de modo nenhum o mateis; ela é
sua mãe.
28 E todo o
Israel ouviu a sentença que o rei proferira, e temeu ao rei; porque viu que
havia nele a sabedoria de Deus para fazer justiça.” (1 Reis 3,16-28) Bíblia Almeida.
Rei Salomão, filho do Rei Davi, da Tribo de Judá pediu
a Deus que lhe desse sabedoria para que pudesse julgar com justiça de acordo
com a vontade do Altíssimo.
Considerações
Finais
Concluindo o testemunho de fé; pesquisei sobre a
outrora citada pomba azul que me apareceu por duas vezes, e cheguei ao fato de
ser um animal já extinto; e mesmo que ainda encontrássemos representantes
vivos, seu habitat é bem distante do ocorrido fato. Habitava uma das ilhas de
Madagascar próximas ao continente africano. O pombo era completamente azul
marinho, diferente ao de madagascar que era um azul bem escuro com colorações
nas regiões orbitais vermelhas, bem o acontecido é intrigante porém combustível
para fé. Por que azul? Com absoluta certeza não sei, apenas sei que o manto de
Nossa Senhora é Azul.
No tocante a passagem do Rei
Salomão não resta dúvidas quanto o que passa a mensagem, a sabedoria foi pedida
a Deus e ela lhe foi concedida, ele foi dos mais sábios Reis, e o comportamento
das duas mães que reivindicavam o filho é atual como o problema do marxismo
hoje, a mãe verdadeira mesmo correndo o risco de ficar sem o filho, ou seja,
nunca mais o veria novamente nem poderia o amamentar preferiu entrega-lo à mãe
impostora ao vê- lo morrer, típico comportamento do bem, ao contrário da falsa
mãe que preferiu ver o bebê morto e partido ao meio, típico pensamento marxista
da relativização do bem e do mal, enfim bem é bem, mal é mal, não há com
relativizar e o bem obviamente só pode vir de Deus!.
Referências
CNBB.Catecismo da Igreja Católica.9.ed.São
Paulo:Loyola,Paulinas, Ave Maria, Paulus. Petrópolis: Vozes.
Disponível
em:<http://omarxismocultural.blogspot.com.br/2014/01/teoria-critica-uma- estrategia-para.html> Acesso em:03/08
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