Relato de um Católico e Professor
Dentro da Engenharia Civil, precisamos utilizar normas técnicas
baseadas em décadas “muitas vezes séculos”, para construir uma
edificação. Precisamos observar as resistências específicas necessárias para
execução dos alicerces “infraestrutura”, das vigas, pilares e lajes “mesoestrutura
e superestruturas”, caso contrário aparecerão desde pequenas trincas, a
problemas mais graves que podem levar a edificação a um colapso estrutural,
vindo tudo abaixo. Com efeito, utilizando-se dos acertos e erros no ocidente
construímos durante séculos a base de toda nossa cultura, que é “ou era”,
baseada em: ética judaico-cristã, filosofia grega e direito romano.
“A cultura da Europa nasceu do encontro entre Jerusalém, Atenas
e Roma, do encontro entre fé no Deus de Israel, a razão filosófica dos Gregos e
o pensamento jurídico de Roma. Este tríplice encontro forma a identidade íntima
da Europa. Na consciência da responsabilidade do homem diante Deus e no
reconhecimento da dignidade inviolável do homem, cada homem, este encontrou
fixou critérios do direito, cuja defesa é nossa tarefa neste momento histórico” [1].
A mais de seis décadas o ocidente vem sendo atacado com ideais revolucionários,
frutos de estudos e investigações acerca das bases da sociedade, pois, de forma
frustrada nunca obtiveram sucesso em impor sua enfadonha ideologia repressora
às pessoas, em especial às famílias. Destarte perceberam que as famílias são o
berço onde se fortalece toda nossa cultura, onde a pessoa aprende a viver de
forma menos conflituosa possível. Entendendo tal fato foi necessário miná-la
por dentro, corroendo suas estruturas, para que ao fim a família saia da lógica
da sua tríplice origem, desorganizando seus fundamentos e tornando tudo
relativo, difuso e sem coesão.
O tripé da cultura ocidental é o foco. Quebrando um dos pés, todos os outros
ruirão automaticamente, não conseguiremos manter de pé as bases em que fomos
educados. A filosofia ensinada nas escolas brasileiras é uma farsa, estudam-se
exclusivamente intelectuais marxistas como: Marx, Hegel, Kant, Gramsci, sem
contar os analfabetos funcionais que se dizem pensadores em educação, por
exemplo: Paulo Freire e companhia limitada. Resumindo, não há espaço para
discussão filosófica do professor com o aluno, independente da instituição
escolar sobre a Filosofia Grega, que confronta idéias, para ao fim se aproximar
da verdade. O que vemos é uma progressiva implantação de cartilhas marxistas
para formação de militantes de esquerda e nada mais.
Os doutrinados dentro do marxismo não permitem que uma alma viva
confronte os ideais da esquerda, se o fizer, é automaticamente taxado de
teórico da conspiração, fascista, homofóbico, ou seja, seus ideais tem que
prevalecer em todas as alçadas, o que é terrível de se imaginar, pois, no
mínimo o cidadão deveria ter acesso a todas as vertentes filosóficas para que
ao fim opte por alguma, mas não, como disse um militante de esquerda que
assistia à palestra sobre marxismo do Padre Paulo Ricardo: “Não escutem o que
ele diz, pois, se ouvirem, ele os convencerão!”, talvez esteja ai o motivo da
doutrinação em massa sem espaço para outras vertentes, pois, ninguém quer em sã
consciência ser contraditado e desmascarado, então, se valem do seu
autoritarismo típico e empurram a revolução marxista garganta abaixo.
Como diz o professor Olavo: “A mentira quando contada repetidamente
as pessoas, com o tempo, passa a ser verdade”. Imaginem se aplicássemos isso na
Engenharia Civil, falaríamos aos alunos que no concreto armado não precisamos
do aço “mesmo que as normas
baseadas em anos de estudos digam o contrário”, até chegarmos ao ponto de
que muitos começarão a construir sem o aço e com o transcorrer do tempo
veríamos centenas de casas ruírem de forma sistemática. É exatamente assim que
estão fazendo com a nossa cultura não só no Brasil, mas no mundo.
Continuando, porém adentrando um pouco no assunto da educação, é
interessante relatar para os leitores sobre a experiência deste autor com o
ensino fundamental e médio atuando quase uma década como professor. De causa
própria relato quão frustrante é não ter respaldo legal para ministrar as aulas
de forma científica, esbarrando todo tempo com LDB (Leis de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional), ECA (Estatuto
da Criança e do Adolescente) dentre
outras leis que ressaltam somente os direitos dos alunos e nunca seus deveres.
A reprovação acontece quando o aluno não consegue atingir o
mínimo de conhecimento sobre as matérias essenciais, tão logo, caso ocorra deve
retornar no ano subsequente e repetir as matérias em defasagem, “deve”, mas não
é o que ocorre. Chamadas são diárias, mas apesar de fazer parte do regimento
institucional, ao fim do ano o aluno pode não ter nenhuma presença que, caso
queira, pode fazer recuperação, e se passar nos “testes”,pode saltar de
série como qualquer outro que se empenhou o ano todo com assiduidade.
O aluno pode neste contexto, fazer quatro recuperações
bimestrais, uma final em dezembro, outra em janeiro, “essa última sob
supervisão da pedagoga que possui os gabaritos”. Respondo dizendo, que muitos
alunos sem a menor condição de saltar de série apareciam magicamente na série
subsequente.
Colegas “não
todos, por favor,” ao
presenciar o autor do artigo preparando suas aulas antes do início das
atividades faziam rotineiramente piadas como: “Que furor pedagógico hein?”,
“O Estado não te paga para isso!”. O sinal batia, e se subisse de
imediato, era repreendido por muitos que queriam iniciar suas atividades, dez,
quinze, vinte ou até trinta minutos após. Ao fim do turno, era muito difícil
manter os alunos em sala, pois, antes mesmo das aulas acabarem já se via pelas
janelas batalhões de alunos saindo antes do tempo, pois nossos colegas os
liberavam e fazendo assim, tiravam o pouco de autoridade que ainda tínhamos.
Com efeito, o sentimento era o de girar em círculos, vendo a
cada ano, os alunos chegarem sem saber muitas das vezes ler, quiçá interpretar
textos de biologia. Utilizava-se de recursos diversos como: laboratórios, data
show, técnicas de memorização, tudo inutilmente, pois o aluno tinha caído de
paraquedas em um grau que obviamente não estava preparado, tão logo era
obrigado a dar provas mais fáceis para não ver nas correções, avalanches de
péssimas notas, para não dizer medíocres. Por fim, presenciava o acomodamento
dos colegas “não todos”, e a não materialização do processo
educacional, víamos se formar inúmeros analfabetos funcionais, o que gerou
inevitavelmente ao autor uma indignação e tristeza profunda a ponto de querer
mudar de ares para não acabar alienado assim como muitos do meio.
Com efeito, no que tange ao direito romano, também sofreu com as
artimanhas dos marxistas, na elaboração de cartilhas de doutrinação partidária
de esquerda "isto dentro
das escolas", quanto na
elaboração de leis, extrapolam e muito o sentido de justiça, insistentemente
vem sendo usado como ferramenta para manipulação para auxiliar na
perpetuação do poder "neste
caso falo dos políticos". Um exemplo prático, qual a verdadeira
finalidade da lei da palmada? Não sou adepto desse recurso para correção das
crianças, mas, por vezes é necessária, não podemos diagnosticar de outra forma
a não ser que ela existe em si para retirar a autoridade dos pais sobre os
filhos, o que remonta o que discutimos quanto ao enfraquecimento e destruição
das famílias. Com efeito, pergunta-se: não poderia a lei da palmada evitar que
pais cometam devaneios e espanquem seus filhos? Respondo, sim , todavia seria
um objetivo principal falso, pois, se remontarmos os pais que em sã consciência
fazem isso, é uma minoria absoluta, tão logo, por conta de uma minoria absoluta
usam o fato como pretexto para aplicar a uma maioria que não se enquadra neste
contexto, chegando portanto a conclusão que o objetivo da lei é única e
exclusivamente a retirada da autoridade dos pais e o consequente
enfraquecimento da instituição familiar.
Quando íamos as instituições públicas, em sua maioria encontrávamos imagens de Nossa Senhora, de Cristo crucificado, dentre outras, e por meio de leis municipais muitas delas já foram retiradas. Dizem que o estado é laico, e que colocar imagens que arremetem a Igreja fere os direitos das pessoas que não promovem a mesma fé. Contudo se consultarmos o IBGE, veremos que 87% da população brasileira hoje, é Cristã "mesmo com todo desconstrucionismo religioso" sendo que deste número, 65% é Católica. Tão logo, vejam como o Direito Romano não se aplica, como é deturpado, o estado é laico, porém, a sociedade não é laica, e mais uma vez com o pretexto de defender a crença de uma minoria absoluta de não cristãos, aplica-se para uma maioria absoluta uma lei que tolhe sua manifestação de fé qualquer que seja o ambiente. O objetivo aqui também não é garantir a laicidade do estado, nem proteger os não cristãos ou evangélicos das ameaçadoras imagens, é o de promover um esvaziamento da fé de forma progressiva, pois, além dos pais de família que são autoridades, padres e pastores também o são, e os globalistas querem a toda prova retirar a autoridade dos últimos, pois são lideranças também, e portanto são ameaças para um sistema que quer formar uma massa de imbecis.
Na Ética Judaico-Cristã, vemos os poucos adeptos com comportamentos totalmente relativizados sobre os fundamentos básicos em espiritualidade, sendo afundados em ideias liberais, em especial os implantados pelos teólogos da libertação, encabeçados muitas das vezes pela própria Igreja, infelizmente.
Quando íamos as instituições públicas, em sua maioria encontrávamos imagens de Nossa Senhora, de Cristo crucificado, dentre outras, e por meio de leis municipais muitas delas já foram retiradas. Dizem que o estado é laico, e que colocar imagens que arremetem a Igreja fere os direitos das pessoas que não promovem a mesma fé. Contudo se consultarmos o IBGE, veremos que 87% da população brasileira hoje, é Cristã "mesmo com todo desconstrucionismo religioso" sendo que deste número, 65% é Católica. Tão logo, vejam como o Direito Romano não se aplica, como é deturpado, o estado é laico, porém, a sociedade não é laica, e mais uma vez com o pretexto de defender a crença de uma minoria absoluta de não cristãos, aplica-se para uma maioria absoluta uma lei que tolhe sua manifestação de fé qualquer que seja o ambiente. O objetivo aqui também não é garantir a laicidade do estado, nem proteger os não cristãos ou evangélicos das ameaçadoras imagens, é o de promover um esvaziamento da fé de forma progressiva, pois, além dos pais de família que são autoridades, padres e pastores também o são, e os globalistas querem a toda prova retirar a autoridade dos últimos, pois são lideranças também, e portanto são ameaças para um sistema que quer formar uma massa de imbecis.
Na Ética Judaico-Cristã, vemos os poucos adeptos com comportamentos totalmente relativizados sobre os fundamentos básicos em espiritualidade, sendo afundados em ideias liberais, em especial os implantados pelos teólogos da libertação, encabeçados muitas das vezes pela própria Igreja, infelizmente.
Ainda no que tange a Ética Judaico-cristã, em especial, dentro
das Igrejas Católicas, vemos como participantes ativos da instituição milenar,
todos os seus fundamentos sendo implodidos. Os novos catequistas, orientados
por padres e consagrados são instigados a ensinar o catecismo não como uma lei,
mas como um documento de referência apenas, ensinam que não existe inferno, céu
nem milagres, promovem dentro da Igreja pura politização do evangelho, como se
já não bastasse à doutrinação marxista dentro das escolas. Pregam que o que
importa são somente as ações, colocam o Reino dos Céus como se fosse aqui,
rebaixam Deus às nossas fragilidades e defeitos, sendo que deveria ser o
contrário, ou seja, ensinar as pessoas que mesmo que falhas devem tentar melhorar
sempre, para se aproximar de Deus. Vemos dentro da Instituição milenar
representantes colocando como lideranças pessoas em situação de pecado mortal
para promover a Eucaristia, Catequizar crianças e jovens, dentre outras
situações bizarras.
Imaginem o estrago que um Teólogo
da Libertação pode causar para as pessoas, certa vez estava o autor como leitor
da palavra em uma celebração numa comunidade carente na região metropolitana de
Belo Horizonte, em especial Ribeirão das Neves, e ao fim do evangelho o
sacerdote disse de forma contundente que inferno não existe. Imaginem um fiel
que na situação de pecado grave, ou seja, cometeu um delito como estupro,
agressão, sodomia, dentre outras, chegue arrependido daquilo que fez e
busca nas palavras do sacerdote o conforto e orientação para que possa sanar
seus erros, aprender com eles de forma a buscar não errar mais, no entanto,
ouve que o inferno não existe, qual o efeito que isso causa? respondo
dizendo, que automaticamente a culpa do delito deixa de ter peso, e claro que
não se arrependerá mais de nada, que obviamente é errada, tanto do ponto
de vista legal laico, quanto religioso, pois, como disse o Padre “Inferno
não existe”. Levantamos um exemplo apenas de como todas as esferas do tripé
de nossa cultura está totalmente contaminada, corroída, implodida por dentro.
Concluo, dizendo, que devemos ter ciência de tudo, devemos
esclarecer todas as possibilidades de pensamentos, para que as pessoas possam
errar por escolha própria se for o caso, e acertar sempre que possível. Que as
vendas negras do inimigo não prevaleçam sobre nós, que possamos construir nossa
sociedade com alicerces firmes, e estruturas robustas, pois, quanto mais firmes
e robustas mais próximas dos Céus estará tudo que edificarmos.
1. Bento XVI, Discurso na visita
ao Parlamento Federal no Palácio do Reichstag de Berlim, proferido no dia 22 de
setembro de 2011. O discurso está disponível em< http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/speeches/2011/september/documents/hf_ben-xvi_spe_20110922_reichstag-berlin_po.html>.
Acesso em 29/09/2016.
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